terça-feira, 18 de novembro de 2014

Armado por Toffoli e Gilmar, já está em curso o golpe sem impeachment

Já entrou em operação o golpe sem impeachment, articulado pelo Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Antonio Dias Toffoli em conluio com seu colega Gilmar Mendes. O desfecho será daqui a algumas semanas.
As etapas do golpe são as seguintes:
1. Na quinta-feira passada, dia 13, encerrou o mandato do Ministro Henrique Neves no TSE. Os ministros podem ser reconduzidos uma vez ao cargo. Presidente do TSE, Toffoli encaminhou uma lista tríplice à presidente Dilma Rousseff. Toffoli esperava que Neves fosse reconduzido ao cargo (http://tinyurl.com/pxpzg5y).
2. Dilma estava fora do país e a recondução não foi automática. Descontente com a não nomeação, 14 horas depois do vencimento do mandato de Neves, Toffoli redistribuiu seus processos. Dentre milhares de processos, os dois principais - referentes às contas de campanha de Dilma - foram distribuídos para Gilmar Mendes. Foi o primeiro cheiro de golpe. Entre 7 juízes do TSE, a probabilidade dos dois principais processos de Neves caírem com Gilmar é de 2 para 100. Há todos os sinais de um arranjo montado por Toffoli.
3. O Ministério Público Eleitoral, através do Procurador Eugênio Aragão, pronunciou-se contrário à redistribuição. Aragão invocou o artigo 16, parágrafo 8o do Regimento Interno do TSE, que determina que, em caso de vacância do Ministro efetivo, o encaminhamento dos processos será para o Ministro substituto da mesma classe. O prazo final para a prestação de contas será em 25 de novembro, havendo tempo para a indicação do substituto - que poderá ser o próprio Neves. Logo, “carece a decisão ora impugnada do requisito de urgência”.
4. Gilmar alegou que já se passavam trinta dias do final do mandato de Neves. Na verdade, Toffoli redistribuiu os processos apenas 14 horas depois de vencer o mandato.
5. A reação de Gilmar foi determinar que sua assessoria examine as contas do TSE e informe as diligências já requeridas nas ações de prestação de contas. Tudo isso para dificultar o pedido de redistribuição feito por Aragão.
Com o poder de investigar as contas, Gilmar poderá se aferrar a qualquer detalhe para impugná-las. Impugnando-as, não haverá diplomação de Dilma no dia 18 de dezembro.
O golpe final - já planejado - consistirá em trabalhar um curioso conceito de Caixa 1. Gilmar alegará que algum financiamento oficial de campanha, isto é Caixa 1, tem alguma relação com os recursos denunciados pela Operação Lava Jato. Aproveitará o enorme alarido em torno da Operação para consumar o golpe.
Toffoli foi indicado para o cargo pelo ex-presidente Lula. Até o episódio atual, arriscava-se a passar para a história como um dos mais despreparados Ministros do STF.
Com a operação em curso, arrisca a entrar para a história de maneira mais depreciativa ainda. A história o colocará em uma galeria ao lado de notórios similares, como o Cabo Anselmo e Joaquim Silvério dos Reis.
Ontem, em jantar em homenagem ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, o ex-governador paulista Cláudio Lembo se dizia espantado com um discurso de Toffoli, durante o dia, no qual fizera elogios ao golpe de 64.
Se houver alguma ilegalidade na prestação de contas, que se cumpra a lei. A questão é que a operação armada por Toffoli e Gilmar está eivada de ilicitudes: é golpe.
Se não houver uma reação firme das cabeças legalistas do país, o golpe se consumará nas próximas semanas.

Fonte: GGN

Lula pode ser o novo secretário-geral da ONU?

Para analisar as chances de Lula ser eleito secretário-geral da ONU, primeiro é preciso saber como se elege a pessoa para este cargo. O mecanismo é basicamente que o Conselho de Segurança da ONU deve indicar um nome e a Assembleia Geral da ONU deve aprová-lo. O Conselho de Segurança da ONU tem 15 membros, dos quais os cinco membros permanentes (Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França) têm direito a veto. Quanto a uma candidatura de Lula, na prática isso significa que a chave para sua eleição seria que nenhum membro do Conselho de Segurança vetasse seu nome, uma vez que numericamente, tanto entre os 15 países do Conselho de Segurança quanto na Assembleia Geral da ONU, Lula dificilmente não conseguiria aprovação.
O mandato do atual secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, vai até o final de 2016. Assim, a escolha formal de quem vai sucedê-lo ocorrerá em meados de 2016, daqui a aproximadamente 1 ano e meio. O mandato é de 5 anos renovável por mais 5, pois apesar de formalmente não haver um limite de mandatos consecutivos, o limite de dois mandatos tem sido uma tradição muito forte quanto ao cargo. Assim, os próximos 10 anos do cargo mais importante da ONU podem estar em jogo, e nesse caso, mesmo 1 ano e meio antes da decisão final, as negociações quanto às candidaturas já estão ocorrendo com relativa intensidade.
Uma vez que o desafio principal da eventual candidatura de Lula seria não ter o veto de nenhum dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, é preciso analisar as condições políticas de cada um desses cinco membros. É aí que reside a grande particularidade deste momento histórico que favorece a eleição de Lula. Nos Estados Unidos, é Barack Obama, do Partido Democrata, e não um presidente do Partido Republicano, que será o chefe de Estado do país durante todo o processo de negociação e eleição. Na França, é François Hollande, do Partido Socialista, que em 2012 venceu Nicolas Sarkozy e encerrou 17 anos seguidos em que os conservadores estiveram na presidência do país, que será o chefe de Estado no processo. No Reino Unido, haverá eleições gerais em maio de 2015, e o favorito para ser eleito primeiro-ministro é o atual líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, que disputará o cargo com o atual primeiro-ministro do Partido Conservador, David Cameron. Se Miliband vencer, estará no cargo desde um ano antes da escolha de próximo secretário-geral da ONU, ou seja, será a liderança decisiva do Reino Unido quanto à posição do Reino Unido. Na Rússia, o presidente durante todo o processo será Vladimir Putin, que muito dificilmente vetaria o nome de Lula, não só pela questão dos BRICS, mas por questões geopolíticas até mais amplas. Quanto à China, o nome de Lula atenderia a requisitos importantes do país, como o aumento da inserção da China na economia mundial através das parcerias globais que o país está estabelecendo com países de todos os continentes, incluindo fortemente América Latina e África.
E qual é a importância de ser secretário-geral da ONU? Hoje em dia, há diversos temas de enorme importância que por sua natureza precisam de uma instância global de administração, porque afetam necessariamente a todos de uma forma intensamente difusa e inter-relacionada. Como exemplo posso citar três assuntos, importantíssimos. A preservação do meio ambiente (dentro da qual se inclui o aquecimento global) a gestão do armamento nuclear (que tem o potencial de destruir a civilização humana) e a administração da Internet (pela exponencial interconexão que gera entre as populações dos países). O mundo precisa de uma ONU que cumpra seu necessário papel, e por isso um secretário-geral que a faça funcionar com legitimidade popular e poder institucional relativamente efetivo é fundamental neste momento da história.
E qual seria o caminho concreto mais efetivo para que Lula fosse eleito secretário-geral da ONU em 2016?
Obviamente, o próprio Lula teria que aceitar se candidatar. A única possibilidade disso acontecer me parece que é a formação de um movimento mundial em torno de seu nome composto de duas vertentes essenciais: 1) a formação e divulgação de uma lista de mais de 100 chefes de Estado e de governo do mundo apoiando a escolha de Lula como o próximo secretário-geral da ONU. 2) a expressão, organização e articulação popular em todo o mundo, especialmente na Internet e particularmente nas redes sociais, espaços em que os povos da Terra poderão se comunicar e se organizar mais eficazmente para ajudar a colocar no principal cargo da instituição que é o embrião do país Planeta Terra uma pessoa que já provou que é capaz de se tornar o primeiro líder genuinamente mundial da história deste pálido ponto azul da nossa galáxia.
*Nicolas Chernavsky é jornalista formado pela Universidade de São Paulo (USP), editor do Cultura Política e colaborador do Pragmatismo Político

Fonte: Pragmatismo

domingo, 16 de novembro de 2014

Direção do HRA muda cor de adesivo, do vermelho do PSB para o amarelo do PSDB

As eleições deste ano mudou o cenário político em Pernambuco. O PSB pernambucano fez opção, no segundo turno, em apoiar o candidato do PSDB, Aécio Neves. Embalado pelo discurso de mudança e a certeza que o tucano se elegeria, alguns órgãos do Governo Estadual, antes mesmo do resultado das urnas, já haviam se preparado para banir o vermelho de suas logomarcas, negando a origem de esquerda dos socialistas.
O Hospital Regional do Agreste (HRA), maior emergência do interior, comandada pelo odontólogo, José Bezerra, a unidade é um exemplo de marketing tucano. Segundo informações de bastidores, a direção do hospital, durante o segundo turno das eleições presidenciais, a pedido de alguns médicos, mandou confeccionar adesivos com a cor amarelo e azul, ratificando a tendência política daquele momento.
Durante a campanha do segundo turno, alguns profissionais médicos fizeram campanha dentro da instituição para o candidato PSDBista. Nas suas abordagens aos demais profissionais, eles ameaçavam, afirmando que se Aécio perdesse as eleições, ninguém contasse com os serviços dos mesmos para um atendimento de cortesia. O HRA parecia um comitê eleitoral da tucanada.
Muitos profissionais da enfermagem e de outras categorias, que declararam voto à candidata petista, foram hostilizados pela militância raivosa anti-PT.
Todo esforço e dedicação dos que representaram a candidatura do atraso foi em vão, pois o Partido dos trabalhadores (PT), através de sua candidata, Dilma Rousseff, impôs uma derrota esmagadora ao candidato tucano, Aécio Neves e ao próprio governo do Estado. Ela obteve 71% dos votos válidos dos pernambucanos, marca maior do que a votação do governador eleito.
Nesta segunda-feira (17), Paulo Câmara, se reunirá com a Executiva Nacional do PSB para decidir, se apoia o governo ou vai ficar na oposição. Há uma tendência natural da sigla socialista apoia a Dilma, pois a situação financeira do Estado não é boa e precisará dos recurso do governo federal.
Se o partido de Câmara optar em apoiar Dilma, os adesivos de acesso ao estacionamento do HRA continuarão tucanados?

Fonte: A Hora da Renovação

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Jarbas rechaça manifestações contra Dilma e defende princípios democráticos

Apesar de assumir durante as eleições e no Senado uma postura contrária à presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) subiu à tribuna da Casa na última terça-feira (11) para condenar as pessoas que têm ido às ruas para defender a volta do Brasil à ditadura militar, por causa da reeleição da presidente.
Sem deixar de lado a postura anti-PT, o peemedebista também aproveitou a fala para questionar iniciativas autoritárias do partido e chamou os manifestantes de “meia dúzia de equivocados”.
“Apesar de ter votado contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff, nos dois turnos, quero aqui deixar meu claro repúdio às manifestações de meia dúzia de equivocados que defendem a implantação de um regime autoritário no Brasil por conta dos erros, corrupção e desmandos cometidos pelo PT em doze anos à frente dos destinos do Brasil”.
Para Jarbas, mesmo sabendo que esses “grupelhos” pró-ditadura são insignificantes, na avaliação do senador, eles podem causar perturbação na vida política do País.
“São segmentos que não têm representatividade para falar em nome do sentimento da população brasileira. Fazem barulho por causa das redes sociais e da dimensão exagerada dada a eles pelo próprio PT, que tenta vinculá-los, deliberadamente, à oposição”.
O senador do PMDB lembrou sua trajetória política de combate ao regime militar instalado no Brasil em 1964.
“Combati aquele sistema de exceção como deputado estadual na Assembleia Legislativa de Pernambuco e depois como deputado federal no Congresso Nacional. Vivenciamos, nos vinte anos desse regime autoritário, um dos momentos mais sinistros e aterrorizantes da história do nosso País. Nada, nada mesmo justifica qualquer movimento que defenda uma volta à ditadura, seja ela civil ou militar; de esquerda ou de direita. Não existe tirania em defesa do povo. Essa é uma ilusão que nunca me seduziu; nem quando jovem e nem agora, após 40 anos de vida pública”.
Jarbas Vasconcelos também criticou setores do Governo que defendem suas próprias soluções antidemocráticas, “seguindo cartilha já utilizada tanto pelos regimes autoritários do passado da nossa história quanto pelos ditadores atuais que assolam a política latino americana com propostas como o controle da mídia, a estatização da participação popular ou ideias tipo ‘cavalo de Troia’ como plebiscito ou a Constituinte exclusiva para fazer a Reforma Política”. Para o senador, o sentimento que tem é que a radicalização interessa ao PT e ao Governo, que insiste na ideia retrógrada do “nós contra eles”.
“Para manter a minha coerência, da mesma forma que condeno os arroubos bolivarianos de parte dos integrantes do PT, não poderia adotar comportamento diferente nessa situação. Ao contrário de alguns ‘progressistas’ entre aspas que fazem parte da base de apoio do Governo Dilma, não enxergo diferença alguma entre um ditador que prega uma agenda pretensamente ‘liberal’ de outro que fala uma fajuta linguagem de ‘esquerda’”, argumentou Jarbas.
PAPEL DA OPOSIÇÃO – O senador pernambucano disse que fará uma oposição baseada em princípios democráticos. “O que nós, da oposição, continuaremos a fazer é mostrar a imensa diferença que existe entre o Brasil do marketing da presidente Dilma Rousseff do Brasil real.
Enquanto a fantasia governamental mostra um País sem crise, no Brasil do povo brasileiro, a miséria volta a crescer, os juros aumentam, os supermercados remarcam os preços nas prateleiras, os combustíveis são majorados, a cotação do dólar dispara e as ações da Petrobras e do Banco do Brasil despencam por causa da gestão inábil e temerária do Governo”.
De acordo com Jarbas Vasconcelos, a presidente da República acusou os adversários de estarem mancomunados com os bancos, mas, contraditoriamente, procura um banqueiro para ser ministro da Fazenda.
“A presidente que acusava os concorrentes de ameaçar as conquistas sociais dos trabalhadores brasileiros ameaça cortar as despesas com seguro-desemprego e outros benefícios trabalhistas. “Essas e outras medidas revelam que a então candidata Dilma Rousseff enganou, deliberadamente, o povo brasileiro com o único intuito de conseguir se reeleger para se manter no poder”. “O que estamos vendo é um Governo que cheira a coisa velha antes mesmo de tomar posse”.

Fonte: Blog do Magno Martins

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Por que Eduardo Cunha se tornou queridinho da mídia tradicional

A imprensa tradicional já tem seu candidato a presidente da Câmara dos Deputados: Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A constatação se dá pelo tratamento VIP de blindagem dado a ele. Diferente de outros políticos, nada de esmiuçar as polêmicas em sua biografia, nem os processos a que responde, nem as investigações em que seu nome é citado, nem as origens e trajetória de sua carreira política. Sequer informam um perfil realista do deputado.
O apoio midiático a Cunha – tido como foco de problemas na base governista, liderando alguns "motins" no Congresso em votações contrárias ao Planalto – obedece à lógica política que interessa à oposição. Se ele é atendido pelo Planalto em indicações polêmicas para cargos e ministérios, a imprensa oposicionista tem expectativa de que tais nomeações acabarão produzindo crises políticas e escândalos que atingirão o governo. Se não é atendido, Cunha se alia à oposição na Câmara dos Deputados. De uma forma ou de outra, a expectativa é de que ele, na presidência da Câmara, seja foco permanente de crises políticas.
Não por acaso, Eduardo Cunha já disse que, se depender dele, engavetará qualquer projeto de democratização da mídia que chegue à Câmara, o que o coloca como aliado dos interesses dos oligarcas que controlam os meios de comunicação de massa no Brasil. Em 2013, Renan Calheiros (PMDB-AL) ao candidatar-se novamente ao posto de presidente do Senado, fez o mesmo gesto para os donos da mídia e nunca mais foi incomodado com seu nome em capas de revista e jornais associado a notícias negativas.
O entusiasmo da mídia tradicional em eleger Cunha é tão descarado que nem sequer aperecem análises isentas e honestas das correlações de forças na Câmara e de suas dificuldades, que também existem.
A primeira dificuldade é que se o PMDB esticar a corda demais, outras lideranças políticas podem tomar o lugar do partido como principal aliado do governo no campo político do centro, majoritário no Congresso. Kassab, presidente do PSD, já se movimenta neste sentido pela centro-direita. Cid Gomes, governador do Ceará, se movimenta pela centro-esquerda. Não são os únicos a se reposicionarem após as eleições, quando a maioria dos partidos tem algum tipo de divisão interna e busca uma reacomodação à realidade saída das urnas.
Mesmo dentro do PMDB, Cunha pode ser usado apenas para outros caciques políticos do próprio partido se fortalecerem na interlocução com o Planalto e na montagem do governo, pois não são poucos peemedebistas que receiam ser empurrados à contragosto para a oposição, perdendo protagonismo para outros partidos da base governista. Os sete governadores eleitos pelo PMDB também não têm interesse em governarem em ambiente de crise política que, geralmente, acaba travando projetos e investimentos em seus estados.
Juntem-se a isso as pretensões políticas que todos têm, de uma forma ou de outra, nas eleições municipais de 2016. Tirando as bancadas ideológicas bem definidas que se situam claramente ou no governo ou na oposição, a maioria dos parlamentares do chamado "baixo clero" tem interesse em representar suas bases, levando verbas para seus municípios e para os prefeitos seus aliados. Muitos deputados, inclusive, sairão candidatos a prefeito e precisam de uma agenda positiva, como participar de inaugurações e lançamento de programas. Essa maioria tem mais pretensões de manter um bom diálogo com o governo, dentro de uma pauta construtiva, do que de embarcar na agenda da oposição com a qual nem sequer tem afinidade.
O comportamento da mídia tradicional de participar do jogo político coloca em xeque sua tentativa de se autointitular "mídia profissional", pelo menos se entendermos como profissionalismo o compromisso de informar o leitor, telespectador ou ouvinte, doa a quem doer, inclusive aos próprios donos dos órgãos de imprensa. A não ser que o termo profissional esteja sendo usado no contexto da mais velha das profissões.

Fonte: Rede Brasil atual

PSB vai ajudar no que for do interesse do País, garante Paulo Câmara

Filiado ao PSB desde outubro do ano passado e eleito vice-presidente nacional do partido depois de ter vencido a disputa para governador de Pernambuco com 68% dos votos, a maior votação do País, Paulo Câmara garantiu, na manhã desta segunda-feira (10), durante uma visita ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), que o PSB irá apoiar os projetos da presidente Dilma Rousseff (PT) que forem bons para o Brasil. Depois de anos apoiando o governo do PT e de um rompimento na última eleição, o PSB tem discutido que posicionamento adotará na segunda gestão de Dilma.
“O partido quer o bem do Brasil, que o Brasil volte a crescer, que combata a inflação e que tenha políticas sociais que cheguem a todos. Então o partido vai se posicionar no sentido de ajudar o que for do interesse do País”, afirmou o governador eleito à imprensa. “Se os projetos do governo federal forem bons para o Brasil, com certeza o PSB vai contribuir para que eles sejam aprovados”, assegurou.
Apontado como uma das novas lideranças do PSB após o trágico acidente aéreo que matou o ex-governador Eduardo Campos, seu padrinho político, em plena candidatura presidencial, em meados de agosto, Câmara também classificou como importante a disposição da presidente em convocar um diálogo com setores da oposição no País. No segundo turno da disputa presidencial, o PSB apoiou a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB).
“Acho que o diálogo tem que ser feito e a gente espera que todo governante tem que ter essa capacidade de dialogar, de ouvir, de buscar alternativas”, disse. “Para se sair bens de problemas estruturais tem que se conversar, tem que procurar os atores para que haja um grande entendimento nacional em busca de soluções em favor do Brasil”, avaliou.
Na próxima quarta-feira (12), Paulo Câmara participará de uma reunião entre o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e presidentes de todos os diretórios estaduais do partido. Essa será a última etapa de escuta da legenda a representantes partidários antes da reunião da Executiva marcada para o dia 17, que definirá a posição nacional do partido. Na última semana, Siqueira já ouviu as bancadas do PSB na Câmara Federal e no Senado.
“É um momento de definição. Agora, o partido está muito unido. Tivemos uma perda muito grande, que foi a de Eduardo, mas desde o falecimento de Eduardo que a gente tem procurado estar unido, ouvindo as pessoas, entendendo os contrários. Todas as posições que o partido tomou desde então foram posições com ampla maioria. Há os descontentes, mas são uma minoria muito grande. Então a gente espera manter essa coesão”, revelou o governador eleito.

Fonte: Blog do Jamildo

Para recuperar Minas, Aécio volta a escalar Anastasia

Apontado durante a campanha presidencial como o virtual “superministro” da infraestrutura ou chefe da Casa Civil no caso de vitória de Aécio Neves, o ex-governador e senador eleito por Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), assumirá em 2015 a missão de reorganizar a “tropa” tucana no Estado enquanto seu padrinho político atua no cenário nacional.
Se no Congresso ele dividirá os holofotes com um time de tucanos históricos que formarão a “tropa de elite” do partido no Senado – José Serra, Tasso Jereissati, Álvaro Dias e Aloysio Nunes Ferreira -, em solo mineiro o ex-governador assumirá o protagonismo da oposição. Ele já é apontado como candidato à prefeitura de Belo Horizonte em 2016. Um sinal do prestígio de Anastasia e de seu peso político foi o volume que ele recebeu de doações na campanha pelo Senado: R$ 17,7 milhões, o que lhe colocou no topo do ranking dos que mais arrecadaram.
A conquista da capital mineira é vista pelos aecistas como determinante para a retomada do poder no Estado, que a partir de janeiro será governado por Fernando Pimentel (PT) depois de 12 anos de hegemonia tucana.
“Aécio terá o compromisso com a causa nacional e será o líder das oposições. Já Anastasia será o principal líder da oposição em Minas”, diz o deputado federal Marcus Pestana, presidente do PSDB mineiro. Essa tese também é advogada pela direção nacional do partido. “Aécio já deu o recado de que vai cuidar do ambiente nacional. Vai se dedicar a fazer oposição ao governo federal”, afirma o deputado federal reeleito Bruno Araújo, presidente do PSDB pernambucano e membro da cúpula nacional tucana. Ele faz, porém, uma ressalva. “Uma coisa não elimina a outra. O ambiente de oposição nacional depende essencialmente dele, mas Minas será sempre sua base.”
Reeleição
Aclamado como líder da oposição em seu retorno ao Senado, na semana passada, Aécio deixou claro para seus aliados que não pretende submergir em Minas nos próximos quatro anos. Seu plano é reeleger-se presidente nacional do PSDB em 2015 e comandar a montagem dos palanques municipais para as eleições do ano seguinte.
Durante os oito anos em que Aécio governou Minas – entre 2003 e 2010 – e nos quatro seguintes, Anastasia foi, ao lado da irmã do ex-presidenciável, Andrea Neves, quem deu as cartas nos bastidores do Palácio da Liberdade – e depois na Cidade Administrativa, sede oficial do governo mineiro, inaugurada em 2010. Andrea e Anastasia são as figuras que mais gozam da confiança de Aécio, e também as que ele mais escuta na hora de tomar decisões.
Com biografias, estilos e perfis diametralmente opostos, coincidem em um aspecto: a discrição. Na engrenagem do governo mineiro, Anastasia era o responsável por fazer a máquina andar, enquanto a Andrea cabia a operação política e de comunicação, além do zelo pela imagem do irmão.
Aliado
Eleito prefeito de Belo Horizonte em 2008 com o apoio do PT e do PSDB e reeleito em 2012, Marcio Lacerda (PSB) é apontado como um dos pilares no projeto de Aécio de recuperar território em Minas. A relação com o senador, que já era boa, ficou institucionalmente bem resolvida após PSB deixar a base da presidente Dilma Rousseff (PT) e se assumiu como oposição.
Apesar do virtual apoio da máquina ao seu candidato, Aécio não deve contar com a mesma ampla base partidária que o apoia desde 2002. “O assédio do Pimentel e da Dilma aos partidos aliados de Aécio será muito forte. A base dele certamente irá se desidratar”, avalia o cientista político Rudá Ricci. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão