terça-feira, 18 de novembro de 2014

Armado por Toffoli e Gilmar, já está em curso o golpe sem impeachment

Já entrou em operação o golpe sem impeachment, articulado pelo Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Antonio Dias Toffoli em conluio com seu colega Gilmar Mendes. O desfecho será daqui a algumas semanas.
As etapas do golpe são as seguintes:
1. Na quinta-feira passada, dia 13, encerrou o mandato do Ministro Henrique Neves no TSE. Os ministros podem ser reconduzidos uma vez ao cargo. Presidente do TSE, Toffoli encaminhou uma lista tríplice à presidente Dilma Rousseff. Toffoli esperava que Neves fosse reconduzido ao cargo (http://tinyurl.com/pxpzg5y).
2. Dilma estava fora do país e a recondução não foi automática. Descontente com a não nomeação, 14 horas depois do vencimento do mandato de Neves, Toffoli redistribuiu seus processos. Dentre milhares de processos, os dois principais - referentes às contas de campanha de Dilma - foram distribuídos para Gilmar Mendes. Foi o primeiro cheiro de golpe. Entre 7 juízes do TSE, a probabilidade dos dois principais processos de Neves caírem com Gilmar é de 2 para 100. Há todos os sinais de um arranjo montado por Toffoli.
3. O Ministério Público Eleitoral, através do Procurador Eugênio Aragão, pronunciou-se contrário à redistribuição. Aragão invocou o artigo 16, parágrafo 8o do Regimento Interno do TSE, que determina que, em caso de vacância do Ministro efetivo, o encaminhamento dos processos será para o Ministro substituto da mesma classe. O prazo final para a prestação de contas será em 25 de novembro, havendo tempo para a indicação do substituto - que poderá ser o próprio Neves. Logo, “carece a decisão ora impugnada do requisito de urgência”.
4. Gilmar alegou que já se passavam trinta dias do final do mandato de Neves. Na verdade, Toffoli redistribuiu os processos apenas 14 horas depois de vencer o mandato.
5. A reação de Gilmar foi determinar que sua assessoria examine as contas do TSE e informe as diligências já requeridas nas ações de prestação de contas. Tudo isso para dificultar o pedido de redistribuição feito por Aragão.
Com o poder de investigar as contas, Gilmar poderá se aferrar a qualquer detalhe para impugná-las. Impugnando-as, não haverá diplomação de Dilma no dia 18 de dezembro.
O golpe final - já planejado - consistirá em trabalhar um curioso conceito de Caixa 1. Gilmar alegará que algum financiamento oficial de campanha, isto é Caixa 1, tem alguma relação com os recursos denunciados pela Operação Lava Jato. Aproveitará o enorme alarido em torno da Operação para consumar o golpe.
Toffoli foi indicado para o cargo pelo ex-presidente Lula. Até o episódio atual, arriscava-se a passar para a história como um dos mais despreparados Ministros do STF.
Com a operação em curso, arrisca a entrar para a história de maneira mais depreciativa ainda. A história o colocará em uma galeria ao lado de notórios similares, como o Cabo Anselmo e Joaquim Silvério dos Reis.
Ontem, em jantar em homenagem ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, o ex-governador paulista Cláudio Lembo se dizia espantado com um discurso de Toffoli, durante o dia, no qual fizera elogios ao golpe de 64.
Se houver alguma ilegalidade na prestação de contas, que se cumpra a lei. A questão é que a operação armada por Toffoli e Gilmar está eivada de ilicitudes: é golpe.
Se não houver uma reação firme das cabeças legalistas do país, o golpe se consumará nas próximas semanas.

Fonte: GGN

Lula pode ser o novo secretário-geral da ONU?

Para analisar as chances de Lula ser eleito secretário-geral da ONU, primeiro é preciso saber como se elege a pessoa para este cargo. O mecanismo é basicamente que o Conselho de Segurança da ONU deve indicar um nome e a Assembleia Geral da ONU deve aprová-lo. O Conselho de Segurança da ONU tem 15 membros, dos quais os cinco membros permanentes (Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França) têm direito a veto. Quanto a uma candidatura de Lula, na prática isso significa que a chave para sua eleição seria que nenhum membro do Conselho de Segurança vetasse seu nome, uma vez que numericamente, tanto entre os 15 países do Conselho de Segurança quanto na Assembleia Geral da ONU, Lula dificilmente não conseguiria aprovação.
O mandato do atual secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, vai até o final de 2016. Assim, a escolha formal de quem vai sucedê-lo ocorrerá em meados de 2016, daqui a aproximadamente 1 ano e meio. O mandato é de 5 anos renovável por mais 5, pois apesar de formalmente não haver um limite de mandatos consecutivos, o limite de dois mandatos tem sido uma tradição muito forte quanto ao cargo. Assim, os próximos 10 anos do cargo mais importante da ONU podem estar em jogo, e nesse caso, mesmo 1 ano e meio antes da decisão final, as negociações quanto às candidaturas já estão ocorrendo com relativa intensidade.
Uma vez que o desafio principal da eventual candidatura de Lula seria não ter o veto de nenhum dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, é preciso analisar as condições políticas de cada um desses cinco membros. É aí que reside a grande particularidade deste momento histórico que favorece a eleição de Lula. Nos Estados Unidos, é Barack Obama, do Partido Democrata, e não um presidente do Partido Republicano, que será o chefe de Estado do país durante todo o processo de negociação e eleição. Na França, é François Hollande, do Partido Socialista, que em 2012 venceu Nicolas Sarkozy e encerrou 17 anos seguidos em que os conservadores estiveram na presidência do país, que será o chefe de Estado no processo. No Reino Unido, haverá eleições gerais em maio de 2015, e o favorito para ser eleito primeiro-ministro é o atual líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, que disputará o cargo com o atual primeiro-ministro do Partido Conservador, David Cameron. Se Miliband vencer, estará no cargo desde um ano antes da escolha de próximo secretário-geral da ONU, ou seja, será a liderança decisiva do Reino Unido quanto à posição do Reino Unido. Na Rússia, o presidente durante todo o processo será Vladimir Putin, que muito dificilmente vetaria o nome de Lula, não só pela questão dos BRICS, mas por questões geopolíticas até mais amplas. Quanto à China, o nome de Lula atenderia a requisitos importantes do país, como o aumento da inserção da China na economia mundial através das parcerias globais que o país está estabelecendo com países de todos os continentes, incluindo fortemente América Latina e África.
E qual é a importância de ser secretário-geral da ONU? Hoje em dia, há diversos temas de enorme importância que por sua natureza precisam de uma instância global de administração, porque afetam necessariamente a todos de uma forma intensamente difusa e inter-relacionada. Como exemplo posso citar três assuntos, importantíssimos. A preservação do meio ambiente (dentro da qual se inclui o aquecimento global) a gestão do armamento nuclear (que tem o potencial de destruir a civilização humana) e a administração da Internet (pela exponencial interconexão que gera entre as populações dos países). O mundo precisa de uma ONU que cumpra seu necessário papel, e por isso um secretário-geral que a faça funcionar com legitimidade popular e poder institucional relativamente efetivo é fundamental neste momento da história.
E qual seria o caminho concreto mais efetivo para que Lula fosse eleito secretário-geral da ONU em 2016?
Obviamente, o próprio Lula teria que aceitar se candidatar. A única possibilidade disso acontecer me parece que é a formação de um movimento mundial em torno de seu nome composto de duas vertentes essenciais: 1) a formação e divulgação de uma lista de mais de 100 chefes de Estado e de governo do mundo apoiando a escolha de Lula como o próximo secretário-geral da ONU. 2) a expressão, organização e articulação popular em todo o mundo, especialmente na Internet e particularmente nas redes sociais, espaços em que os povos da Terra poderão se comunicar e se organizar mais eficazmente para ajudar a colocar no principal cargo da instituição que é o embrião do país Planeta Terra uma pessoa que já provou que é capaz de se tornar o primeiro líder genuinamente mundial da história deste pálido ponto azul da nossa galáxia.
*Nicolas Chernavsky é jornalista formado pela Universidade de São Paulo (USP), editor do Cultura Política e colaborador do Pragmatismo Político

Fonte: Pragmatismo

domingo, 16 de novembro de 2014

Direção do HRA muda cor de adesivo, do vermelho do PSB para o amarelo do PSDB

As eleições deste ano mudou o cenário político em Pernambuco. O PSB pernambucano fez opção, no segundo turno, em apoiar o candidato do PSDB, Aécio Neves. Embalado pelo discurso de mudança e a certeza que o tucano se elegeria, alguns órgãos do Governo Estadual, antes mesmo do resultado das urnas, já haviam se preparado para banir o vermelho de suas logomarcas, negando a origem de esquerda dos socialistas.
O Hospital Regional do Agreste (HRA), maior emergência do interior, comandada pelo odontólogo, José Bezerra, a unidade é um exemplo de marketing tucano. Segundo informações de bastidores, a direção do hospital, durante o segundo turno das eleições presidenciais, a pedido de alguns médicos, mandou confeccionar adesivos com a cor amarelo e azul, ratificando a tendência política daquele momento.
Durante a campanha do segundo turno, alguns profissionais médicos fizeram campanha dentro da instituição para o candidato PSDBista. Nas suas abordagens aos demais profissionais, eles ameaçavam, afirmando que se Aécio perdesse as eleições, ninguém contasse com os serviços dos mesmos para um atendimento de cortesia. O HRA parecia um comitê eleitoral da tucanada.
Muitos profissionais da enfermagem e de outras categorias, que declararam voto à candidata petista, foram hostilizados pela militância raivosa anti-PT.
Todo esforço e dedicação dos que representaram a candidatura do atraso foi em vão, pois o Partido dos trabalhadores (PT), através de sua candidata, Dilma Rousseff, impôs uma derrota esmagadora ao candidato tucano, Aécio Neves e ao próprio governo do Estado. Ela obteve 71% dos votos válidos dos pernambucanos, marca maior do que a votação do governador eleito.
Nesta segunda-feira (17), Paulo Câmara, se reunirá com a Executiva Nacional do PSB para decidir, se apoia o governo ou vai ficar na oposição. Há uma tendência natural da sigla socialista apoia a Dilma, pois a situação financeira do Estado não é boa e precisará dos recurso do governo federal.
Se o partido de Câmara optar em apoiar Dilma, os adesivos de acesso ao estacionamento do HRA continuarão tucanados?

Fonte: A Hora da Renovação

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Jarbas rechaça manifestações contra Dilma e defende princípios democráticos

Apesar de assumir durante as eleições e no Senado uma postura contrária à presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) subiu à tribuna da Casa na última terça-feira (11) para condenar as pessoas que têm ido às ruas para defender a volta do Brasil à ditadura militar, por causa da reeleição da presidente.
Sem deixar de lado a postura anti-PT, o peemedebista também aproveitou a fala para questionar iniciativas autoritárias do partido e chamou os manifestantes de “meia dúzia de equivocados”.
“Apesar de ter votado contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff, nos dois turnos, quero aqui deixar meu claro repúdio às manifestações de meia dúzia de equivocados que defendem a implantação de um regime autoritário no Brasil por conta dos erros, corrupção e desmandos cometidos pelo PT em doze anos à frente dos destinos do Brasil”.
Para Jarbas, mesmo sabendo que esses “grupelhos” pró-ditadura são insignificantes, na avaliação do senador, eles podem causar perturbação na vida política do País.
“São segmentos que não têm representatividade para falar em nome do sentimento da população brasileira. Fazem barulho por causa das redes sociais e da dimensão exagerada dada a eles pelo próprio PT, que tenta vinculá-los, deliberadamente, à oposição”.
O senador do PMDB lembrou sua trajetória política de combate ao regime militar instalado no Brasil em 1964.
“Combati aquele sistema de exceção como deputado estadual na Assembleia Legislativa de Pernambuco e depois como deputado federal no Congresso Nacional. Vivenciamos, nos vinte anos desse regime autoritário, um dos momentos mais sinistros e aterrorizantes da história do nosso País. Nada, nada mesmo justifica qualquer movimento que defenda uma volta à ditadura, seja ela civil ou militar; de esquerda ou de direita. Não existe tirania em defesa do povo. Essa é uma ilusão que nunca me seduziu; nem quando jovem e nem agora, após 40 anos de vida pública”.
Jarbas Vasconcelos também criticou setores do Governo que defendem suas próprias soluções antidemocráticas, “seguindo cartilha já utilizada tanto pelos regimes autoritários do passado da nossa história quanto pelos ditadores atuais que assolam a política latino americana com propostas como o controle da mídia, a estatização da participação popular ou ideias tipo ‘cavalo de Troia’ como plebiscito ou a Constituinte exclusiva para fazer a Reforma Política”. Para o senador, o sentimento que tem é que a radicalização interessa ao PT e ao Governo, que insiste na ideia retrógrada do “nós contra eles”.
“Para manter a minha coerência, da mesma forma que condeno os arroubos bolivarianos de parte dos integrantes do PT, não poderia adotar comportamento diferente nessa situação. Ao contrário de alguns ‘progressistas’ entre aspas que fazem parte da base de apoio do Governo Dilma, não enxergo diferença alguma entre um ditador que prega uma agenda pretensamente ‘liberal’ de outro que fala uma fajuta linguagem de ‘esquerda’”, argumentou Jarbas.
PAPEL DA OPOSIÇÃO – O senador pernambucano disse que fará uma oposição baseada em princípios democráticos. “O que nós, da oposição, continuaremos a fazer é mostrar a imensa diferença que existe entre o Brasil do marketing da presidente Dilma Rousseff do Brasil real.
Enquanto a fantasia governamental mostra um País sem crise, no Brasil do povo brasileiro, a miséria volta a crescer, os juros aumentam, os supermercados remarcam os preços nas prateleiras, os combustíveis são majorados, a cotação do dólar dispara e as ações da Petrobras e do Banco do Brasil despencam por causa da gestão inábil e temerária do Governo”.
De acordo com Jarbas Vasconcelos, a presidente da República acusou os adversários de estarem mancomunados com os bancos, mas, contraditoriamente, procura um banqueiro para ser ministro da Fazenda.
“A presidente que acusava os concorrentes de ameaçar as conquistas sociais dos trabalhadores brasileiros ameaça cortar as despesas com seguro-desemprego e outros benefícios trabalhistas. “Essas e outras medidas revelam que a então candidata Dilma Rousseff enganou, deliberadamente, o povo brasileiro com o único intuito de conseguir se reeleger para se manter no poder”. “O que estamos vendo é um Governo que cheira a coisa velha antes mesmo de tomar posse”.

Fonte: Blog do Magno Martins

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Por que Eduardo Cunha se tornou queridinho da mídia tradicional

A imprensa tradicional já tem seu candidato a presidente da Câmara dos Deputados: Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A constatação se dá pelo tratamento VIP de blindagem dado a ele. Diferente de outros políticos, nada de esmiuçar as polêmicas em sua biografia, nem os processos a que responde, nem as investigações em que seu nome é citado, nem as origens e trajetória de sua carreira política. Sequer informam um perfil realista do deputado.
O apoio midiático a Cunha – tido como foco de problemas na base governista, liderando alguns "motins" no Congresso em votações contrárias ao Planalto – obedece à lógica política que interessa à oposição. Se ele é atendido pelo Planalto em indicações polêmicas para cargos e ministérios, a imprensa oposicionista tem expectativa de que tais nomeações acabarão produzindo crises políticas e escândalos que atingirão o governo. Se não é atendido, Cunha se alia à oposição na Câmara dos Deputados. De uma forma ou de outra, a expectativa é de que ele, na presidência da Câmara, seja foco permanente de crises políticas.
Não por acaso, Eduardo Cunha já disse que, se depender dele, engavetará qualquer projeto de democratização da mídia que chegue à Câmara, o que o coloca como aliado dos interesses dos oligarcas que controlam os meios de comunicação de massa no Brasil. Em 2013, Renan Calheiros (PMDB-AL) ao candidatar-se novamente ao posto de presidente do Senado, fez o mesmo gesto para os donos da mídia e nunca mais foi incomodado com seu nome em capas de revista e jornais associado a notícias negativas.
O entusiasmo da mídia tradicional em eleger Cunha é tão descarado que nem sequer aperecem análises isentas e honestas das correlações de forças na Câmara e de suas dificuldades, que também existem.
A primeira dificuldade é que se o PMDB esticar a corda demais, outras lideranças políticas podem tomar o lugar do partido como principal aliado do governo no campo político do centro, majoritário no Congresso. Kassab, presidente do PSD, já se movimenta neste sentido pela centro-direita. Cid Gomes, governador do Ceará, se movimenta pela centro-esquerda. Não são os únicos a se reposicionarem após as eleições, quando a maioria dos partidos tem algum tipo de divisão interna e busca uma reacomodação à realidade saída das urnas.
Mesmo dentro do PMDB, Cunha pode ser usado apenas para outros caciques políticos do próprio partido se fortalecerem na interlocução com o Planalto e na montagem do governo, pois não são poucos peemedebistas que receiam ser empurrados à contragosto para a oposição, perdendo protagonismo para outros partidos da base governista. Os sete governadores eleitos pelo PMDB também não têm interesse em governarem em ambiente de crise política que, geralmente, acaba travando projetos e investimentos em seus estados.
Juntem-se a isso as pretensões políticas que todos têm, de uma forma ou de outra, nas eleições municipais de 2016. Tirando as bancadas ideológicas bem definidas que se situam claramente ou no governo ou na oposição, a maioria dos parlamentares do chamado "baixo clero" tem interesse em representar suas bases, levando verbas para seus municípios e para os prefeitos seus aliados. Muitos deputados, inclusive, sairão candidatos a prefeito e precisam de uma agenda positiva, como participar de inaugurações e lançamento de programas. Essa maioria tem mais pretensões de manter um bom diálogo com o governo, dentro de uma pauta construtiva, do que de embarcar na agenda da oposição com a qual nem sequer tem afinidade.
O comportamento da mídia tradicional de participar do jogo político coloca em xeque sua tentativa de se autointitular "mídia profissional", pelo menos se entendermos como profissionalismo o compromisso de informar o leitor, telespectador ou ouvinte, doa a quem doer, inclusive aos próprios donos dos órgãos de imprensa. A não ser que o termo profissional esteja sendo usado no contexto da mais velha das profissões.

Fonte: Rede Brasil atual

PSB vai ajudar no que for do interesse do País, garante Paulo Câmara

Filiado ao PSB desde outubro do ano passado e eleito vice-presidente nacional do partido depois de ter vencido a disputa para governador de Pernambuco com 68% dos votos, a maior votação do País, Paulo Câmara garantiu, na manhã desta segunda-feira (10), durante uma visita ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), que o PSB irá apoiar os projetos da presidente Dilma Rousseff (PT) que forem bons para o Brasil. Depois de anos apoiando o governo do PT e de um rompimento na última eleição, o PSB tem discutido que posicionamento adotará na segunda gestão de Dilma.
“O partido quer o bem do Brasil, que o Brasil volte a crescer, que combata a inflação e que tenha políticas sociais que cheguem a todos. Então o partido vai se posicionar no sentido de ajudar o que for do interesse do País”, afirmou o governador eleito à imprensa. “Se os projetos do governo federal forem bons para o Brasil, com certeza o PSB vai contribuir para que eles sejam aprovados”, assegurou.
Apontado como uma das novas lideranças do PSB após o trágico acidente aéreo que matou o ex-governador Eduardo Campos, seu padrinho político, em plena candidatura presidencial, em meados de agosto, Câmara também classificou como importante a disposição da presidente em convocar um diálogo com setores da oposição no País. No segundo turno da disputa presidencial, o PSB apoiou a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB).
“Acho que o diálogo tem que ser feito e a gente espera que todo governante tem que ter essa capacidade de dialogar, de ouvir, de buscar alternativas”, disse. “Para se sair bens de problemas estruturais tem que se conversar, tem que procurar os atores para que haja um grande entendimento nacional em busca de soluções em favor do Brasil”, avaliou.
Na próxima quarta-feira (12), Paulo Câmara participará de uma reunião entre o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e presidentes de todos os diretórios estaduais do partido. Essa será a última etapa de escuta da legenda a representantes partidários antes da reunião da Executiva marcada para o dia 17, que definirá a posição nacional do partido. Na última semana, Siqueira já ouviu as bancadas do PSB na Câmara Federal e no Senado.
“É um momento de definição. Agora, o partido está muito unido. Tivemos uma perda muito grande, que foi a de Eduardo, mas desde o falecimento de Eduardo que a gente tem procurado estar unido, ouvindo as pessoas, entendendo os contrários. Todas as posições que o partido tomou desde então foram posições com ampla maioria. Há os descontentes, mas são uma minoria muito grande. Então a gente espera manter essa coesão”, revelou o governador eleito.

Fonte: Blog do Jamildo

Para recuperar Minas, Aécio volta a escalar Anastasia

Apontado durante a campanha presidencial como o virtual “superministro” da infraestrutura ou chefe da Casa Civil no caso de vitória de Aécio Neves, o ex-governador e senador eleito por Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), assumirá em 2015 a missão de reorganizar a “tropa” tucana no Estado enquanto seu padrinho político atua no cenário nacional.
Se no Congresso ele dividirá os holofotes com um time de tucanos históricos que formarão a “tropa de elite” do partido no Senado – José Serra, Tasso Jereissati, Álvaro Dias e Aloysio Nunes Ferreira -, em solo mineiro o ex-governador assumirá o protagonismo da oposição. Ele já é apontado como candidato à prefeitura de Belo Horizonte em 2016. Um sinal do prestígio de Anastasia e de seu peso político foi o volume que ele recebeu de doações na campanha pelo Senado: R$ 17,7 milhões, o que lhe colocou no topo do ranking dos que mais arrecadaram.
A conquista da capital mineira é vista pelos aecistas como determinante para a retomada do poder no Estado, que a partir de janeiro será governado por Fernando Pimentel (PT) depois de 12 anos de hegemonia tucana.
“Aécio terá o compromisso com a causa nacional e será o líder das oposições. Já Anastasia será o principal líder da oposição em Minas”, diz o deputado federal Marcus Pestana, presidente do PSDB mineiro. Essa tese também é advogada pela direção nacional do partido. “Aécio já deu o recado de que vai cuidar do ambiente nacional. Vai se dedicar a fazer oposição ao governo federal”, afirma o deputado federal reeleito Bruno Araújo, presidente do PSDB pernambucano e membro da cúpula nacional tucana. Ele faz, porém, uma ressalva. “Uma coisa não elimina a outra. O ambiente de oposição nacional depende essencialmente dele, mas Minas será sempre sua base.”
Reeleição
Aclamado como líder da oposição em seu retorno ao Senado, na semana passada, Aécio deixou claro para seus aliados que não pretende submergir em Minas nos próximos quatro anos. Seu plano é reeleger-se presidente nacional do PSDB em 2015 e comandar a montagem dos palanques municipais para as eleições do ano seguinte.
Durante os oito anos em que Aécio governou Minas – entre 2003 e 2010 – e nos quatro seguintes, Anastasia foi, ao lado da irmã do ex-presidenciável, Andrea Neves, quem deu as cartas nos bastidores do Palácio da Liberdade – e depois na Cidade Administrativa, sede oficial do governo mineiro, inaugurada em 2010. Andrea e Anastasia são as figuras que mais gozam da confiança de Aécio, e também as que ele mais escuta na hora de tomar decisões.
Com biografias, estilos e perfis diametralmente opostos, coincidem em um aspecto: a discrição. Na engrenagem do governo mineiro, Anastasia era o responsável por fazer a máquina andar, enquanto a Andrea cabia a operação política e de comunicação, além do zelo pela imagem do irmão.
Aliado
Eleito prefeito de Belo Horizonte em 2008 com o apoio do PT e do PSDB e reeleito em 2012, Marcio Lacerda (PSB) é apontado como um dos pilares no projeto de Aécio de recuperar território em Minas. A relação com o senador, que já era boa, ficou institucionalmente bem resolvida após PSB deixar a base da presidente Dilma Rousseff (PT) e se assumiu como oposição.
Apesar do virtual apoio da máquina ao seu candidato, Aécio não deve contar com a mesma ampla base partidária que o apoia desde 2002. “O assédio do Pimentel e da Dilma aos partidos aliados de Aécio será muito forte. A base dele certamente irá se desidratar”, avalia o cientista político Rudá Ricci. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão

sábado, 8 de novembro de 2014

Jornalistas que cobriram ato golpista estão sendo perseguidos

No último sábado um grupo de cerca de mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar, ocupou um quarteirão da avenida paulista para pedir, entre outras bandeiras, a imediata deposição da presidenta reeleita Dilma Rousseff, seja por meio de um impeachment ou por “intervenção militar”. Os jornalistas que estiveram no ato reportaram o que viram, e o que qualquer cidadão pode verificar pelas fotos que foram publicadas. O evento foi composto por centenas de pessoas com adesivos do candidato Aécio Neves e cartazes e faixas contra Dilma, Lula, o PT e pedindo “ajuda” aos militares.
Após cobrirem a manifestação, os jornalistas que lá estiveram estão tendo suas redes sociais particulares vasculhadas pelos militantes insatisfeitos com a cobertura. Fotos e informações pessoais estão sendo usadas para atacá-los, compondo uma teoria da conspiração na qual todos os veículos são “petistas”. Segundo os manifestantes, os jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, a TV Globo, e o programa CQC, da Bandeirantes são, na verdade, veículos “petistas” ou “pró-Dilma”. Veículos que não estiveram no ato também estão tendo seus profissionais intimidados por meio da exposição de suas redes sociais.
O radicalismo dos participantes de tal “movimento” é tamanho que mesmo o ex-deputado federal Xico Graziano, um dos coordenadores da campanha de Aécio Neves na Internet, está sendo qualificado de “petralha” e “comunista” por criticar o pedido de golpe militar que os próprios eleitores de Aécio levaram às ruas.
A bandeira defendida pelos manifestantes da Avenida Paulista não é defendida nem pelo Clube Militar, que reúne ex-oficiais que participaram do regime militar. Em nota, a entidade afirmou: “A maioria decidiu. Não interessa que não seja a nossa opção. É a regra”. E completou: “Perder nunca é um fato facilmente aceitável, mas faz parte do jogo e da vida.”
O candidato tucano Aécio Neves, durante a campanha, levantou bandeiras deste grupo. Por duas vezes levou aos debates a questão do financiamento do Porto de Mariel –como uma “prova” da conspiração bolivariana-petista-Foro de São Paulo—e usou elementos como o “Godzilla cubano”. Aécio também não se opôs ao pedido de auditoria no resultado das eleições e, mesmo após o pleito, insiste em frases como “O Brasil perdeu o medo do PT”, instigando uma oposição entre o país e o partido.
A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo divulgaram na última segunda-feira 3 notas oficiais de repúdio às ameaças sofridas por repórteres que cobriram a manifestação. Segundo as entidades, trata-se de um “atentado à liberdade de expressão”.

Fonte: Carta Capital

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Senadores do PT se reúnem com Lula para traçar estratégias no Congresso Nacional

Principal articulador da candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Lula continua firme nas costuras políticas para formação do segundo governo da petista. Na última quinta-feira (6), a cúpula nacional do PT reuniu-se em São Paulo com a nova bancada de senadores do partido para fazer um balanço das eleições e traças novas estratégias para a nova gestão.
“A nossa avaliação é muito positiva. Tivemos uma grande vitória porque não só derrotamos Aécio Neves, como todos os candidatos que perderam no primeiro turno e que o apoiaram, como também derrotamos uma grande articulação de setores da mídia que tentaram influenciar o resultado eleitoral. Então, a nossa perspectiva é de um governo muito bom, com o compromisso com mudanças e que já apresentou os caminhos pra isso”, afirmou o senador Humberto.
O objetivo agora é traçar um calendário de reuniões periódicas com o ex-presidente Lula e com a presidente Dilma Rousseff (PT).

Fonte: Blog do Jamildo

Aécio Neves quer nova CPMI da Petrobras em 2015

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, que investiga desvios da estatal no Congresso Nacional, ainda nem foi encerrada e o senador Aécio Neves (PSDB), que se coloca como líder da oposição no País, promete recriar a CPMI no início de 2015. Dono de um capital político de 51 milhões de votos, Aécio prometeu se engajar diretamente na coleta de assinaturas para a criação de uma nova Comissão de Inquérito, caso a CPMI atual se encerre sem ter todas as denúncias esclarecidas.
“Se no encerramento da CPMI este ano, não estiverem ainda elucidados em profundidade todo esse esquema, ou até onde quem ele atingiria, quais as suas ramificações dentro do governo, que a partir de 1º de fevereiro, na reabertura do Congresso, vamos iniciar a coleta de assinaturas para uma outra CPMI”, afirmou o tucano, em entrevista à rádio Estadão.
Aécio também rebateu as informações de que, nos bastidores, parlamentares do PSDB e do PT haviam feito um acordo para não convocar políticos que poderiam comprometer ambas as siglas. O movimento, realizado no momento em que o ex-presidenciável retomava a atuação no Congresso, causou atrito dentro do tucanato.
“Na verdade nós temos uma minoria, do ponto de vista numérico, pouco expressiva na CPMI. O governo é que define as oitivas, quem são as pessoas a serem chamadas. Eu não participei dessas reuniões, mas no que depender de mim e, se não for possível chamar ainda este ano, que isso seja feito a partir do início do ano que vem”, garantiu.

Fonte: Blog do Jamildo

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Presidente da OAB abre representação contra preconceito a nordestinos

As manifestações de racismo e preconceito contra os nordestinos fizeram o presidente da OAB Nacional, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, abrir uma representação criminal contra duas internautas, uma do Facebook e outra do Twitter, que realizaram ataques de cunho discriminatório. 
O presidente da OAB solicitou, também, à Polícia Federal que abra um inquérito para investigar os fatos apontados. "Sendo constatada a prática de ilícito penal, providencie a remessa dos autos ao Ministério Público para avaliação do ajuizamento da competente ação penal", exige Coêlho ao diretor-geral do Departamento de Polícia Federal.
As manifestações a que Marcus Vinicius Furtado Coêlho fez referência são de Regina Zouki Pimenta, em sua página do Facebook, e de Amanda Regis, pelo Twitter, em que ambas realizam os ataques de ódio, praticam racismo e incitam o ódio e a discriminação, como demonstra a linguagem utilizada pelas duas, pela simples "razão de procedência nacional" dos agredidos.

“Hoje, qualquer suposto preconceito contra cariocas, nordestinos e baianos deixou de existir, porque virou Pós Conceito! Bando de filhos da puta que destruíram nosso país e a economia por migalhas! Desejo do fundo do coração que sejam tomados pela desnutrição, que seus bebês nasçam acéfalos, que suas crianças tenham doenças que os médicos cubanos não consigam tratar, que o Ebola chegue ao Brasil pelo Nordeste e que mate a todos! Só outra arca de Noé para dar jeito!”, publicou uma.
“Esses nordestinos pardos, bugres, índios acham que tem moral, cambada de feios. Não é atoa que não gosto desse tipo de raça”, divulgou outra.
A representação criminal da OAB utiliza dois casos para encaminhar à Justiça. Se o Ministério Público considerar que houve a prática dos crimes, após a investigação da Polícia Federal, os dois casos servirão de exemplo para outras ações e processos judiciais.
As discriminações foram notórias durante o período de eleições presidenciais deste ano. De acordo com os artigos 286 e 287 do Código Penal, essas práticas se enquadram em crime e a denúncia pode ser feita por qualquer cidadão.
Sem burocracia, é fácil realizar as denúncias para o Ministério Público Federal, que intermedia as possíveis aberturas de processos. Basta registrar os dados no sistema de denúncia online do órgão.
Também existe a possibilidade para aqueles que não querem se identificar. A ONG SafernetBrasil, em parceria com o MPF, criou o site de denúncias anônimas de discriminação, preconceito ou incitação ao crime na web: o www.denuncie.org.br. As denúncias anônimas são encaminhadas aos órgãos públicos competentes para produzir as ações.
Diante de tantas manifestações racistas, um grupo criou o site Esses Nordestinos. É mais uma mobilização para conscientizar e tornar transparentes as publicações de ódio e preconceito veiculadas no Facebook, Twitter e demais redes sociais.
A página reune as postagens e fornece dicas de como denunciar diretamente para o Ministério Público Federal. "Enviar prints de manifestações xenofóbicas para este tumblr ajuda a expor o problema e gerar discussão, mas se você quer dar um passo adiante e fazer com que os autores das mensagens respondam por suas palavras, considere fazer uma denúncia formal no site do Ministério Público Federal", conscientiza o portal.

Fonte: Blog do Jamildo

Alckmin condena protestos contra a reeleição de Dilma Rousseff

Com a autoridade de governador de São Paulo, reeleito no primeiro turno, Geraldo Alckmin (PSDB) posicionou-se ontem, claramente, contra as manifestações feitas em seu Estado em prol do “impeachment” da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT).
Saudosistas da ditadura que não se conformam com a quarta vitória seguida do PT para presidente da República passaram a defender por meio das redes sociais uma nova intervenção militar no país.
Parte desse pessoal realizou um ato na Avenida Paulista, sábado passado, em defesa do “impeachment” da presidente. A maior estrela deste ato foi (ainda bem) o cantor Lobão, que prometeu sair do país se Dilma ganhasse a eleição (a Música Popular Brasileira nada perderá).
Segundo Geraldo Alckmin, embora seja livre no Brasil a manifestação de pensamento, os que defendem a democracia não podem aceitar atos golpistas.
“Nós, que lutamos tanto pela democracia, não podemos aceitar esse tipo de coisa. A democracia tem que ser fortalecida”, disse o governador tucano.

Fonte: Blog do Inaldo Sampaio

No Senado, Humberto chama manifestantes contra Dilma de “fascistas absolutamente “tresloucados

O senador pernambucano Humberto Costa (PT), líder do partido no Congresso Nacional, afirmou, durante a sessão ontem, terça-feira (4), que as manifestações realizadas pedindo a saída da presidente reeleita há poucos dias, Dilma Rousseff (PT), são contra a democracia. No pronunciamento, Humberto ainda defendeu a reforma política e criticou, no plenário da Casa, o pedido de auditoria das urnas feito pelo PSDB, legenda do senador Aécio Neves (PSDB), adversário de Dilma nessas eleições.
“Um grupo de fascistas absolutamente tresloucados tem realizado mobilizações nas ruas e nas redes sociais sempre com  pouca participação falando em impeachment de uma presidente legitimamente eleita e pedindo uma intervenção militar”, afirmou, no início da sua fala esta tarde.
O petista ainda criticou a participação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSC) em protesto anti-Dilma em São Paulo portando uma arma de fogo. O parlamentar virou assunto muito comentado nas redes sociais ao ser flagrado em cima de um trio elétrico com uma arma na cintura, no momento em que exaltava a Polícia Militar. Para Humberto, “a militarização desses movimentos é evidente”.
Humberto atribuiu aos mesmos grupos as ofensas contra os nordestinos publicadas nas redes sociais após o resultado das eleições do último dia 26. O senador disse que os “argumentos covardes” são os mesmos que os usados pelos manifestantes e que é defendida a “construção de um muro para separar o Nordeste e o Norte das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul”.
O parlamentar subiu à tribuna para defender a reforma política. Na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves, espera que a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aceite nesta quarta-feira (5) a proposta do Grupo de Trabalho da Reforma Política (PEC 352/13).
O líder petista aproveitou a fala para questionar o pedido de auditoria das urnas feito pelos tucanos, apontando que a intenção seria de atingir a legitimidade do Tribunal Superior Eleitoral. Para Humberto, a solicitação acaba “diminuindo a Justiça Eleitoral, diminuindo a nossa democracia para nós mesmos e o mundo”.

Fonte: Blog do Jamildo

“Foi gratidão a Tancredo”, justifica Sarney por ter votado em Aécio Neves

Apesar da aliança com a presidente Dilma Rousseff (PT), o senador José Sarney (PMDB) não votou na petista no segundo turno das eleições. O vídeo da hora do voto, filmado pela TV Amapá, afiliada da TV Globo, caiu na internet e gerou repercussão na rede. À coluna Radar do jornalista Lauro Jardim, da Veja, Sarney explicou a escolha: “Foi um voto de gratidão a Tancredo [Neves].
Segundo a coluna, o senador confidenciou o verdadeiro voto aos mais próximos, antes mesmo de o vídeo circular na internet. Diante da atual relação entre o senador e o PT, o voto até pode ter sido por gratidão, mas também pode ter tido um quê de descontentamento com a falta de apoio de Dilma.
Mesmo com um adesivo colado sobre o paletó claro com o número da candidata, o aliado político digitou na urna os números 4 e 5, referentes ao senador mineiro Aécio Neves (PSDB), adversário da petista na corrida presidencial.

Fonte: Blog do Jamildo

TSE descarta auditoria, mas libera documentos para PSDB

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) descartou na noite desta terça-feira (4) a organização de uma auditoria pela própria Corte no sistema de apuração e totalização do segundo turno das eleições presidenciais, mas atendeu ao pedido do PSDB para liberar documentos relativos à votação.
Os ministros passaram mais de duas horas debatendo o tema e apontaram que todos os documentos pleiteados pelo PSDB já são previamente disponibilizados pela legislação e, alguns, inclusive são de acesso público na internet. Não foi admitida, contudo, a organização de uma comissão de análise formada pelos partidos para auditar os documentos. A partir de agora, o PSDB pode, ele mesmo, fazer a auditoria com base nos dados entregues.
Na ação levada à Justiça Eleitoral, o PSDB pedia, além da disponibilização dos documentos, a criação de uma comissão de representantes dos partidos políticos para analisar as memórias das urnas. O presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, relator do caso, afirmou que o PSDB não possui legitimidade para postular pela criação de uma comissão, pois não pode requerer em nome de outros partidos. Com isso, na prática, o TSE apenas libera os documentos para os tucanos, mas não deve encabeçar uma auditoria oficial.
Toffoli passou mais de 1 hora e meia em um voto com direito a retrospectos históricos, leitura de legislação e alguma exaltação. Ele citou, por exemplo, que o sistema de votação por urna eletrônica já completou 18 anos e descreveu diversos sistemas de fiscalização e confiabilidade do sistema eleitoral.
Ele destacou ainda que diversas resoluções que dispõem sobre o sistema de votação foram aprovadas com antecedência e que o TSE segue a legislação eleitoral – aprovada pelo Congresso Nacional, ambiente de participação dos partidos políticos. “Esta foi a primeira eleição em que não foi necessária a relacração. Foi a primeira em que os programas foram testados e, uma vez lacrados, nos testes efetivados, não foi necessário correção nenhuma”, exemplificou Toffoli, em uma descrição extensa sobre os procedimentos da Corte.
Em tese, o pedido do PSDB não precisaria nem ser analisado pela Corte. Primeiro, de acordo com Toffoli, porque foi assinada por delegado do partido – que não teria legitimidade. Em segundo lugar, de acordo com Toffoli, a petição dos tucanos “não revela ato concreto nem indício de fraude”. Os ministros decidiram debater o tema para esclarecer a transparência do processo eleitoral.
Para conseguir os documentos, o PSDB deverá arcar com as custas devidas e encaminhar os pedidos para TSE, juntas eleitorais e Tribunais Regionais Eleitorais. “Tudo aquilo que está pedido já foi previamente garantido, com grande antecedência em relação à data das eleições”, afirmou Toffoli.
O ministro Gilmar Mendes chegou a dizer que o pedido “de esclarecimento” do PSDB “não é uma ofensa” e mencionou que a auditoria não é infundada, já que a própria presidente Dilma Rousseff chegou a dizer que durante eleição “é feito o diabo” e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou “não sabem do que somos capazes para garantir a reeleição”. “Esse tipo de afirmação gera este tipo de suspeita (sobre as eleições)”, criticou Gilmar.
A decisão de autorizar a liberação dos documentos ao PSDB e negar a criação de uma comissão foi aprovada por unanimidade na Corte.

Fonte: Estadão

“O governo da presidente Dilma venceu essas eleições perdendo”, diz Aécio na volta ao Senado

Voltando para o Senado ontem, terça-feira (4), Aécio Neves (PSDB) mostrou, antes mesmo do primeiro pronunciamento após perder as eleições, que assumirá um papel de oposição mais contundente. “O governo da presidente Dilma venceu essas eleições perdendo. Como disse Marina Silva, eu perdi essas eleições vencendo”, disse, segundo a Agência Senado.
Aécio voltou a acusar o governo de usar a máquina pública e promover “terror” para assustar beneficiários de programas sociais. “Eu vou colocar minha cabeça no travesseiro e dormir tranquilo, pois fiz uma campanha ética, o que não posso afirmar de meus adversários”, alfinetou.
O tucano chegou ao plenário por volta das 15h30 (horário de Brasília), afirmando que, diante do resultado apertado dessas eleições, a oposição será feita pela população.
“O que tenho visto nesses últimos dias é o sentimento de que, quando o governo olhar para a oposição, sugiro que não contabilize mais apenas o número de cadeiras no Senado e Câmara. Vai encontrar mais de 50 milhões de brasileiros, que vão estar vigilantes, cobrando atitudes, investigações, melhoria dos indicadores econômicos e sociais”, disse.

Fonte: Blog do Jamildo

terça-feira, 4 de novembro de 2014

PSB fará a Dilma uma “oposição de esquerda”

Sob a presidência de Carlos Siqueira, o PSB reunirá amanhã desta terça-feira (4), em Brasília, seus deputados e senadores eleitos, além de sua executiva nacional, para tentar “ajustar o discurso” em relação ao segundo governo da presidente Dilma Rousseff.
De depender do novo presidente, o PSB fará uma “oposição de esquerda” à presidente reeleita.
Segundo ele, “os eleitores nos colocaram na oposição e assim vamos nos manter”.
Esta, entretanto, não é a posição unânime do partido. A ala comandada pelo governador reeleito da Paraíba, Ricardo Coutinho, já decidiu apoiar o governo, ao passo que outra comandada pelo governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara, deseja manter o partido numa “posição de independência”.
Em relação a 2010, o PSB caiu de seis para três governadores e subiu de 24 para 34 deputados federais.
Para o cientista político Marco Antonio Carvalho Teixeira (Fundação Getúlio Vargas), o futuro do partido é incerto por absoluta ausência de uma liderança nacional.
“O PSB é um grande partido, com vocação de nanico”, afirmou. Ele disse também que os quadros mais promissores do PSB, hoje, são o vice-governador eleito de São Paulo, Márcio França, os governadores Paulo Câmara (PE), Ricardo Coutinho (PB) e Rodrigo Rollemberg (DF) e o prefeito do Recife, Geraldo Júlio.

Fonte: Blog do Inaldo Sampaio

PSB não será apêndice do PSDB, diz socialista

Uma das principais lideranças do PSB de Pernambuco, ala mais forte da legenda, o senador eleito Fernando Bezerra Coelho, ex-ministro da Integração do governo Dilma Rousseff (PT), garante que o partido não ficará a reboque do PSDB no Congresso. “A disposição é de militar na oposição. Mas não vamos ser apêndice do PSDB”, disse, em entrevista à coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
A declaração ocorre um dia antes da reunião que o PSB realiza com as bancadas no Senado e na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (4), para discutir o posicionamento da legenda no plano nacional.
Há uma semana, o vice-presidente do PSB pernambucano, o deputado federal eleito Tadeu Alencar, afirmou que não haverá alinhamento automático entre socialistas e tucanos. Um dia depois, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, que é secretário-geral do PSB, garantiu que a legenda se manterá na oposição.
Aliados do PT até o ano passado, o PSB rompeu com o governo há um ano para construir a candidatura presidencial do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, falecido em agosto em plena campanha presidencial.
Após a derrota da ex-senadora Marina Silva (PSB), o partido, com aval da ala pernambucana e da família de Campos, apoiou o senador Aécio Neves (PSDB), que perdeu para Dilma no segundo turno da disputa.

Fonte: Folha de S.Paulo

sábado, 1 de novembro de 2014

Manifestantes protestam contra crise de água em SP e pedem impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT)

Seis dias após a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), cerca de 2.500 pessoas foram às ruas de São Paulo neste sábado (1º) para protestar contra o resultado das urnas e o governo da petista.
O ato convocado por meio das redes sociais começou na avenida Paulista, em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo), por volta das 14h.
"Boa tarde, reaças", cumprimentou ao microfone o empresário Paulo Martins, que foi candidato a deputado federal pelo PSC neste ano no Paraná. "É inegável que o PT constrói uma ditadura no país", acrescentou, sob fortes aplausos do grupo, que depois seguiu em caminhada.
Por volta das 16h30, os manifestantes tomaram a avenida Brigadeiro Luís Antônio, pela qual caminharam em direção ao parque Ibirapuera.
Com uma bandeira do Brasil sobre os ombros, o cantor Lobão defendeu a recontagem dos votos das eleições presidenciais e negou que o movimento tenha como propósito dar um novo golpe militar no país. "Não tem ninguém aqui golpista", disse ao microfone.
A caminhada foi marcada também por provocações entre simpatizantes da esquerda e da direita. Na avenida Paulista, alguns moradores de prédios da região estenderam nas janelas camisetas vermelhas e bandeira da campanha à reeleição da presidente.
"Vai para Cuba", gritaram os manifestantes em resposta. Eles fecharam uma das faixas da avenida, onde vendedores ambulantes ofereciam camisetas dizendo "impeachment já".
Além de pedirem o impeachment da petista, parte dos manifestantes defende um novo golpe militar no país.
"É necessária a volta do militarismo. O que vocês chamam de democracia é esse governo que está aí?", criticou o investigador de polícia Sérgio Salgi, 46, que carregava cartaz com o pedido "SOS Forças Armadas".
Os manifestantes diziam que o resultado das eleições deste ano de ser a "maior fraude da história" e o PT de ser "o câncer do Brasil". "Pé na bunda dela [presidente], o Brasil não é a Venezuela", gritaram.
Sob aplausos, o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), foi apresentado ao microfone como "alguém de uma família que vem lutando muito pelo Brasil".
Em discurso, o parlamentar disse que, se seu pai fosse candidato a presidente, ele teria "fuzilado" a presidente. Segundo ele, Jair Bolsonaro será candidato em 2018 "mesmo que tenha de mudar de partido".
"Eu voto no Marcola, mas não voto na Dilma, porque pelo menos o Marcola tem palavra", disse, em referência a Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos chefes da facção criminosa PCC.
A manifestação foi acompanhada pela Polícia Militar e pela chamada "Tropa do Braço", escalada para eventos de rua.
No microfone, o perito Ricardo Molina também acusou ter havido fraude no resultado das eleições presidenciais deste ano. "As urnas foram fraudadas, qualquer um que não seja analfabeto sabe disso", criticou.
Ao final da caminhada, por volta de 17h30, já próximo ao Monumento às Bandeiras, houve uma ameaça de racha entre favoráveis e contrários à intervenção militar.
Alguns manifestantes que participaram da concentração na avenida Paulista subiram em um segundo carro de som, que aguardava próximo ao parque Ibirapuera, e iniciaram uma discussão com o primeiro veículo, que participou de toda a caminhada.
"Vocês estão querendo desviar, isso é sacanagem, aqui não tem político", disse um manifestante no segundo carro.
"Ninguém é a favor de golpe", respondeu Lobão, no primeiro carro.
Ao fim, após uma rápida discussão, chegaram a um acordo e seguiram juntos com o movimento. "Todos aqui se respeitam, nós só queremos o bem do Brasil. Não podemos aceitar discórdia", pediu Paulo Martins.
O vice-presidente nacional do PSDB e ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman, disse neste sábado (1º) que nem a sigla nem a direção da campanha do senador Aécio Neves (MG) incentivam, organizam ou dão suporte às manifestações contra a presidente Dilma.
Para Goldman, um dos críticos mais duros do PT no partido, seria uma "irresponsabilidade" compactuar com esse tipo de ato. Ele afirma que o país está com os ânimos inflamados. "Até por conta do tipo de campanha, muito suja, muito pesada, que o PT fez primeiro contra a Marina Silva (PSB) e depois contra o Aécio. Mas nem isso justifica um pedido de impeachment da presidente", avaliou.
Ele ressaltou ainda que, apesar de o partido ter pedido uma auditoria especial no TSE sobre a apuração dos votos, não há indício de fraude eleitoral. "Apenas uma constatação de que o acompanhamento de todo esse processo é deficiente e pode ser melhorado", afirmou.
CONTRA ALCKMIN
Também neste sábado, cerca de 300 manifestantes realizaram protesto no largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, contra a crise de água no Estado.
O ato "Alckmin, cadê a água?" começou por volta das 15h com cerca de 200 pessoas que se concentraram ao lado da entrada da estação Faria Lima, da linha 4-amarela do metrô.
Os manifestantes começaram a marcha ocupando a avenida Brigadeiro Faria Lima no sentido Pinheiros.
O ato reuniu jovens e integrantes de movimentos de esquerda como o Juntos, do PSOL, militantes do PSTU, do Território Livre, do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) e da Anel (Assembleia Nacional de Estudantes-Livre), entre outros.
Eles criticavam a postura do governo estadual em relação à gestão da crise da água. "Alckmin privatizou a Sabesp e acabou com a nossa água. Viemos aqui na Sabesp dar um recado: se a água acabar, SP vai parar. Vamos devolver o volume morto pra eles e pressionar a Dilma [Pena, presidente da Sabesp] tucana a entregar nossa água", disse Thiago Aguiar, do Juntos, movimento estudantil ligado ao PSOL.
Os manifestantes carregavam cartazes e bandeiras. Uma das faixas dizia: "Alckmin molhou a mão do banqueiro e secou a Cantareira". Em outras, defendiam a estatização da Sabesp. Também cantaram versos de protesto, como "a Sabesp só dá lucro pro patrão e falta água na casa do peão".
"Esse ato é da juventude e dos trabalhadores unidos que não se conformam com a falsa polarização de PT e PSDB. As mentiras de Alckmin são tão sórdidas quanto as de Dilma", disse um manifestante que não quis se identificar.
PELO PAÍS
Também houve protestos contra a presidente Dilma neste sábado em Curitba e em Manaus.
Na capital paranaense, segundo a PM, cerca de cem pessoas marcharam até a sede do governo, administrado pelo tucano Beto Richa.
Os manifestantes pintaram o rosto com listras pretas ou verde e amarelas, e carregavam cartazes com frases como "impeachment já", "fora PT" e "90% do PIB não elegeu a Dilma".
Alguns pediam a recontagem dos votos do pleito do último domingo.
Em Manaus, cerca de 50 pessoas estão concentradas em frente ao Teatro Amazonas.
Fonte: Folha de S.Paulo