domingo, 31 de agosto de 2014

Dilma destaca geração de empregos nas indústrias naval e automobilística

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, destacou hoje (31), em entrevista, a importância da geração de empregos nas indústrias naval e automobilística. Ela passou o dia no Palácio da Alvorada e concedeu entrevista no fim da tarde.
“A indústria naval foi, nos anos 80, a segunda maior do mundo, nos anos 90 estava reduzida a pó e agora está entre a quarta e a quinta do mundo. Com isso, criamos empregos de qualidade, com salários de qualidade, e passamos de uma situação de 2.500 empregos, no início dos anos 2000, para 81 mil empregos agora em julho e 100 mil no ano que vem”, acrescentou.
Segundo a candidata à reeleição, a política nacional nos dois setores tem como base manter preços, prazos e a qualidade do que é produzido no Brasil.
Para Dilma, a indústria automobilística não deve somente fabricar os carros no país. "Eles podem ser produzidos aqui mas, sobretudo, receber no Brasil as inovações que são fundamentais ao setor, criar aqui laboratórios de pesquisa. E, para isso, fizemos uma política que atraiu 12 indústrias automobilísticas”, informou.
“Tanto em um caso quanto no outro, o que vimos é a possibilidade de mudar essa realidade, em vez de criar empregos lá fora, porque se importava de forma excessiva ou não se trazia para o Brasil as condições de inovação, observou.

Fonte: Agência Brasil

Pré-Sal: 1ª vítima do Plano de governo de Marinha

O programa de governo da candidata Marina Silva, do PSB – um livro de de 100 páginas, que foi coordenado pela herdeira do banco Itaú Neca Setúbal, como interface das ideias da presidenciável com o ex-governador Eduardo Campos – já tem uma primeira vítima: o pré-sal. Num eventual governo Marina, o acento tônico da presidente e seus principais auxiliares será na direção de reerguer a cadeia produtiva do etanol, na qual sobressaem usinas que extraem combustível a partir da cana-de-açúcar.
Manter na Petrobras a política de "produção, produção e produção", expressada pela presidente da estatal, Graça Foster, não é, definitivamente, intenção da candidata que sucedeu Campos.
- Costumo dizer que o petróleo ainda é um mal necessário, frisa Marina. Temos de sair da idade do petróleo. Não é porque falte petróleo. É porque encontraremos e já estamos encontrando outras fontes de suprimento de energia.
A partir deste ponto de vista, a prioridade da candidata já está demonstrada na retomada da cultura da cana para alimentar as usinas de etanol. Um compromisso firmado pessoalmente por Marina, na quinta-feira 28, em Sertãozinho, no interior de São Paulo, pela postulante do PSB.
O prenúncio de esvaziamento da área de produção da Petrobras, em caso de vitória de Marina, como já apontam pesquisas de intenção de votos para um possível segundo turno, representa uma guinada de 180 graus na política pública exercida até aqui para a estatal de petróleo. Mesmo tendo ocupado as manchetes em razão da criação da CPI para investigar a compra da Refinaria de Pasadena, a Petrobras está dando um show mundial em termos de obtenção de petróleo. A companhia é a única do mundo a ter aumentado sua produção nos últimos anos. E, agora com um valor de mercado estimado em US$ 100 bilhões, voltou a ocupar a ponta no ranking das maiores empresas da América Latina.
A presidente Dilma Rousseff classificou como "leviandade" a maneira como a oposição vai tratando a Petrobras. Ela e Graça Foster trabalham com a certeza de que a estatal já passou pela fase mais difícil de sua história e estaria entrando, exatamente em razão das descobertas e exploração do pré-sal, num círculo virtuoso. Em tempo recorde, após os leilões de exploração em regime compartilhado, com prevalência da empresa nacional, a Petrobras já vai extraindo 600 mil barris/dia em seus poços de águas profundas.
A estatal trabalha com dados objetivos de que está diante de uma reserva natural de 12 bilhões de barris de óleo de boa qualidade. Para Marina, no entanto, o futuro está muito mais no modelo de usinas que empregam cortadores de cana do que na alta tecnologia que envolve a obtenção do "mal necessário".

Fonte: Brasil 247

sábado, 30 de agosto de 2014

Dilma passa Aécio Neves em Minas com 9 pontos de frente

Pesquisa de intenção de voto para presidente em Minas Gerais, realizada pelo DataTempo/CP2, entre os dias 21 e 25 de agosto, mostra uma reviravolta no quadro eleitoral na comparação com o levantamento publicado em 9 de agosto. A presidente Dilma Rousseff (PT) cresceu 2,3 pontos percentuais, pulando de 33,8% para 36,1% da preferência do eleitorado – o crescimento ocorre muito próximo à margem de erro, que é de 2,16 pontos percentuais. Apesar do pequeno crescimento, a petista assume a liderança da disputa, ajudada pela acentuada queda nas intenções de voto do senador Aécio Neves (PSDB), que passou de 41,2% para 26,5%. São 9,6 pontos percentuais de diferença entre os dois.
Marina Silva (PSB), que substitui Eduardo Campos, morto em 13 de agosto em um acidente aéreo, aparece na terceira colocação com 20,5% da preferência do eleitorado. O percentual é muito superior ao registrado por Campos (4,8%) na pesquisa publicada em 9 de agosto. O candidato do PSC, Pastor Everaldo, tem 0,5%, enquanto Eduardo Jorge (PV) e Rui Pimenta (PCO) registram, cada um, 0,1%.
Os outros candidatos não pontuaram.
Segundo a pesquisa, 8,9% estão indecisos, e outros 6% não pretendem votar em ninguém.
Segundo turno. A presidente Dilma Rousseff vence seus adversários na simulação de segundo turno. No confronto direto com Aécio Neves, ela registra 42,8% das intenções de voto contra 37,1% do tucano. Na pesquisa anterior, Aécio vencia Dilma com 44,8% contra 36,1%.
No embate entre Dilma Rousseff e Marina Silva, a petista tem 43,1% da preferência do eleitorado contra 38,1% da candidata do PSB.
Já na simulação de segundo turno entre Aécio Neves e Marina Silva acontece um empate técnico. O tucano registra 39,1% das intenções de voto, enquanto a substituta de Eduardo Campos contabiliza 38,6%. A margem de erro é de 2,16 pontos percentuais.
Espontânea. Quando não é apresentada aos entrevistados a lista com os nomes de todos os postulantes ao cargo de presidente, Dilma Rousseff também fica na liderança. A candidata petista é lembrada por 32,6% dos pesquisados. Aécio Neves aparece em seguida com 20,6% de preferência do eleitorado. A ex-senadora Marina Silva é a referida para o cargo de 14,9%.
Afirmam que estão indecisos 20,6%. Dizem que não pretendem votar em ninguém 6,4%. Outros 2,6% não conhecem os candidatos. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não concorre nesta eleição, também é citado por 0,5%.
Rejeição. De acordo com o atual levantamento, 26,1% não votam em Dilma Rousseff enquanto 22,5% não escolhem Aécio Neves para o cargo de presidente. No levantamento anterior, a petista tinha 32,3%, e o tucano 17,7%.
Dos entrevistados, 7,6% não votam em Marina Silva. Outros 5,1% rejeitam o Pastor Everaldo (PSC), enquanto 4% não votam no candidato do PSTU, Zé Maria. 
Dados
Registro. A pesquisa, realizada pelo CP2, foi encomendada pela Sempre Editora e tem registro na Justiça Eleitoral com o protocolo BR 00409/2014. Foram realizadas 2.066 entrevistas.
Maioria não sofre influência
A pesquisa DataTempo ouviu os entrevistados sobre a mudança no voto que a entrada da ex-senadora Marina Silva na disputa eleitoral pode ter causado. Ela substitui o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em 13 de agosto, em Santos.
Para a maioria, 76,3%, não houve influência na definição de voto. Para outros 13,8%, a substituição de candidatos influenciou muito no voto. Para 7,5% a tragédia e a substituição do candidato tiveram alguma influência.
Análise
Voto de protesto é dividido
A inversão do quadro eleitoral em Minas Gerais, com o crescimento das intenções de voto em Dilma Rousseff e a queda do percentual de Aécio Neves no primeiro levantamento após a troca de candidatos do PSB, permite fazer algumas análises.
A primeira delas é que o número de intenções de voto que estava depositado em Aécio Neves guardava a chamada opção de protesto, ou seja, ali estavam os votos de quem não queria, de forma alguma, escolher Dilma Rousseff. Com a entrada de Marina, criou-se uma segunda alternativa para esse segmento. Ao que parece, quem não quer votar em Dilma, agora, se divide entre o eleitorado de Marina e de Aécio Neves.
Uma segunda vertente de interpretação desses dados é a tradicional. A campanha de Dilma Rousseff estaria sendo mais bem-sucedida do que a de Aécio Neves no Estado. Essa é uma possibilidade, ainda que mais remota. É importante observar que a petista não cresceu mais do que a margem de erro. A diferença de 9,6 pontos entre ela e o rival deve-se à queda do tucano.

Fonte: O Tempo

Datafolha mostra Dilma e Marina empatadas com 34%; Aécio tem 15%

Pesquisa Datafolha sobre a corrida presidencial, divulgada nesta sexta-feira (29), indica uma situação de empate entre a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e a ex-senadora Marina Silva, candidata do PSB. Cada uma aparece com 34% das intenções de voto. A seguir, vem o senador Aécio Neves (PSDB), com 15%. Na pesquisa anterior do Datafolha, divulgada no último dia 18, Dilma tinha 36%, Marina, 21% e Aécio, 20%.
Na simulação de segundo turno entre Dilma e Marina, a ex-senadora alcançou 50% contra 40% da presidente. Na pesquisa anterior, Marina tinha 47% e Dilma, 43%.
No levantamento desta sexta, Pastor Everaldo (PSC) obteve 2%. Os outros sete candidatos somados têm 1%. Segundo o levantamento, os que disseram votar branco ou nulo são 7%, mesmo percentual dos que não sabem em quem votar.
Veja os números do Datafolha para a pesquisa estimulada (em que uma cartela com a relação dos candidatos é apresentada ao entrevistado):
Dilma Rousseff (PT): 34%
Marina Silva (PSB): 34%
Aécio Neves (PSDB): 15%
Pastor Everaldo (PSC): 2%
José Maria (PSTU): 0% *
Eduardo Jorge (PV): 0% *
Luciana Genro (PSOL): 0% *
Rui Costa Pimenta (PCO): 0% *
Eymael (PSDC): 0% *
Levy Fidelix (PRTB): 0% *
Mauro Iasi (PCB): 0% *
Brancos/nulos/nenhum: 7%
Não sabe: 7%
(*) Os candidatos indicados com 0% são os que não atingiram 1% das intenções de voto; somados, os sete têm 1%.
O Datafolha fez 2.874 entrevistas em 178 municípios nestas quinta (28) e sexta (29). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista.
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo" e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00438/2014.
Espontânea
Na modalidade espontânea da pesquisa (em que o pesquisador somente pergunta ao entrevistado em quem ele pretende votar, sem apresentar a lista de candidatos), os resultados são os seguintes:
Dilma Rousseff: 27%
Marina Silva: 22%
Aécio Neves: 10%
Outras respostas: 3%
Em branco/nulo/nenhum: 3%
Não sabe: 32%
Segundo turno
Nas simulações de segundo turno, o Datafolha avaliou os seguintes cenários:
Marina Silva: 50%
Dilma Rousseff: 40%
Brancos/nulos/nenhum: 7%
Não sabe: 3%
Dilma Roussef: 48%
Aécio Neves: 40%
Brancos/nulos/nenhum: 9%
Não sabe: 4%
O Datafolha não realizou simulação de segundo turno entre Marina e Aécio.

Fonte: G1

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Dilma: queda do PIB é momentânea e segundo semestre terá recuperação

Após a divulgação do resultado negativo do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, a candidata à reeleição pelo PT, presidenta Dilma Rousseff, disse que a queda é momentânea e que o país vai voltar a crescer no segundo semestre. Para a candidata, as condições internacionais e os feriados durante a Copa do Mundo contribuíram para o resultado. Na avaliação de Dilma, no segundo semestre, haverá uma “grande recuperação”.
“Um dos motivos que explica é o número de feriados que tivemos. Por conta da Copa, tivemos a maior quantidade de feriados em toda a história do Brasil dos últimos anos”, disse Dilma, após visitar laboratórios do Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Salvador. Segundo a candidata, os únicos países que se saíram bem no segundo trimestre foram a China, os Estados Unidos e o Reino Unido.
“Nos demais países, você tem uma redução drástica no crescimento, inclusive aqui na América Latina. Uma das explicações foi a queda no preço das commodities”, disse, citando que o Peru, o Chile e a Colômbia também tiveram “grande redução no seu crescimento”.
Dilma destacou a educação e a infraestrutura como condições para a retomada do crescimento. “Temos de apostar na ampliação da capacidade produtiva do povo brasileiro. A segunda condição são grandes investimentos em infraestrutura, que preparam o Brasil para um novo ciclo, mais moderno e inclusivo […]. Acredito que teremos um Brasil muito mais competitivo”, disse, acrescentando que o país precisa ter menos burocracia e reduzir os impostos.       
Dilma também voltou a defender uma reforma política com a participação popular e que “preserve a ética, garanta transparência e melhor gestão dos recursos públicos”. “O Brasil precisa sem dúvida de uma reforma política uma vez que a situação que enfrentamos é extremamente defasada, o Brasil moderno e uma estrutura política ainda de 20 anos atrás. Temos que atualizar nossa representação política”.
Na opinião da candidata, a exploração do petróleo do pré-sal transforma os recursos finitos em uma riqueza perene, que é a educação. Após a entrevista, Dilma Rousseff visitou a sede do Olodum, no Pelourinho, onde discursou contra o racismo e a violência.
Fonte: Agência Brasil

Programa de governo de Marina defende que casamento gay vire lei

O programa de governo apresentado nesta sexta-feira (29) pela candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, afirma que, se eleita, a ex-senadora apoiará a aprovação de propostas que tramitam no Congresso Nacional para garantir o casamento civil igualitário, que permite a união entre pessoas do mesmo sexo.
Atualmente, uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão de controle externo das atividades do Judiciário, obrigou todos os cartórios do país a cumprirem a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de maio de 2011, de realizar a união estável de casais do mesmo sexo. Além disso, obrigou a conversão da união em casamento e também a realização direta de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Porém, não há nenhuma lei no país que regulamente o assunto.
Com 242 páginas, o programa de governo de Marina está dividido em seis eixos principais. Na parte que trata sobre Cidadania, a candidata do PSBx ao Palácio do Planalto detalhou propostas de combate ao preconceito contra o segmento LGBT. Ao destacar sugestões, o programa diz que a candidata apoiará a aprovação do casamento homossexual no Legislativo.
"Apoiar propostas em defesa do casamento civil igualitário, com vistas à aprovação dos projetos de lei e da emenda constitucional em tramitação, que garantem o direito ao casamento igualitário na Constituição e no Código Civil", diz o conjunto de propostas do PSB para a disputa presidencial.
Ao ser questionada no evento partidário sobre se apoiaria projetos de lei que garantam o direito de casamento entre pessoas do mesmo sexo, Marina Silva disse respeitar e defender o Estado Laico e afirmou que, como presidente, terá o compromisso de assegurar direitos civis para "todas as pessoas".
“O nosso compromisso é que os direitos civis das pessoas sejam respeitadas. Queremos o respeito através do Estado laico tanto para os que creem quanto os que não creem. As pessoas têm sua liberdade individual e essa liberdade individual deve ser respeitada", disse.
Marina completou dizendo ter "a clareza e a defesa do Estado laico". "O Estado laico é uma contribuição dos cristãos protestantes, que durante muito tempo foram perseguidos. É uma proteção dos que não creem, para que não lhes seja imposto credo religioso. E dos que creem, para que possam professar sua fé", completou.
A socióloga Neca Setúbal, umas das coordenadoras do programa de governo do PSB, destacou que uma eventual gestão da ex-senadora terá o compromisso de garantir todos os direitos civis aos homossexuais.
"Nosso compromisso é com o combate radical ao preconceito contra a comunidade LGBT. Vamos defender os direitos dessa população. Direito à saúde, oportunidades e direitos civis da população LGBT", anunciou Neca, gerando aplausos da plateia.
Ao final da solenidade de lançamento do programa de governo, o coordenador das propostas eleitorais de Marina, o ex-deputado Maurício Rands (PSB-PE), disse que a candidata, apesar de ser evangélica, vai defender o direito de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.
"Ela será presidente de um Estado laico. Vai governar para todos os brasileiros. Vamos defender os direitos da comunidade LGBT, inclusive o casamento civil. Se a pessoa quiser casar, que case", enfatizou.
Indagado sobre se um eventual governo de Marina Silva se dedicaria a aprovar uma lei que garanta o direito de homossexuais se casarem, Rands foi taxativo:  "A forma será discutida depois. Mas é um compromisso muito forte com a comunidade LGBT."
Casamento gay no Congresso
Atualmente, há 17 projetos em tramitação no Congresso Nacional tratando das relações entre homossexuais. Dessas propostas, 16 estão sob análise da Câmara dos Deputados e uma, do Senado, este de autoria da ministra da Cultura, Marta Suplicy, histórica defensora do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Um dos projetos apresentados na Câmara é de autoria do ex-deputado federal Maurício Rands, atual coordenador do programa de governo de Marina Silva. Sua proposta, apresentada em 2005, permite que companheiros homossexuais sejam incluídos como dependentes de segurados do INSS. Outros deputados também já tentaram criar dispositivos para facilitar a união gay, como Jean Wyllys (PSOL-RJ), José Genoino (PT-SP) e Clodovil Hernandes (PTC-SP).
Por outro lado, há três projetos que pedem a revisão da decisão do STF que reconheceu como entidade familiar a união entre pessoas do mesmo sexo, apresentadas pelos deputados João Campos (PSDB-GO), Arolde de Oliveira (PSD-RJ) e Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), integrantes da bancada evangélica. Feliciano, que gerou protestos de militantes de movimentos sociais na época em que presidiu a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, também apresentou projeto que convoca plebiscito sobre o “reconhecimento legal da união homossexual como entidade familiar”.
Acompanhe a matéria na íntegra AQUI.

Fonte: G1

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Marina nega divergência com vice e diz que não é contra transgênicos

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira (27), em entrevista ao vivo ao Jornal Nacional, que, tem uma trajetória de "trabalhar com os diferentes" – ao responder sobre o candidato a vice, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) – e que é "lenda" a versão de que é contra o plantio de transgênicos.
Questionada sobre o fato de Albuquerque ter sido um dos principais articuladores no Congresso da aprovação da medida que permitiu o plantio da soja transgênica, a ex-ministra do Meio Ambiente afirmou:
"Uma questão fundamental: nos somos diferentes. E a nova política sabe trabalhar na diversidade, na diferença.  Agora, o fato de o Beto ter uma posição diferente da minha em relação a transgênicos é um aspecto. Há uma lenda de que eu sou contra os transgênicos, mas isso não é verdade. Sabe o que eu defencia quando era ministra do Meio Ambiente? Um modelo  de coexistência: área de transgênico e área livre de transgênico. Infelizmente, no Congresso Nacional, não passou a proposta do modelo de coexistência", declarou.
Segundo afirmou, ela e Albuquerque têm uma "visão diferente" em relação a temas como transgênicos e células-tronco, mas tiveram um trabalho conjunto no Congresso quando ele foi o relator da Lei de Gestão de Florestas Públicas. "[Ele] me ajudou a aporvar a Lei da Mata Atlântica e tantas outras medidas importantes para o meio ambiente", disse.
Avião
Marina Silva respondeu sobre as suspeitas de ilegalidade no uso do jatinho com que ela, na condição de candidata a vice, e Eduardo Campos, presidenciável do PSB morto em acidente aéreo no último dia 13, se deslocavam pelo país para fazer campanha eleitoral.
"Não tinha nenhuma informação quanto a qualquer ilegalidade referente à postura dos proprietários do avião. As informações que tínhamos eram exatamente aquelas referentes à forma legal de adquirir o provimento desse serviço", afirmou.
Indagada se não teve interesse de questionar eventuais irregularidades na cessão do avião, ela disse ter a informação de que a aeronave era emprestada e que, até o final do prazo legal – no encerramento da campanha – seria feito o ressarcimento ao proprietário pelo comitê financeiro de Eduardo Campos.
"Meu compromisso, e o compromisso de todos aqueles que querem a renovação da política, é com a verdade. E a verdade não virá apenas pelas mãos do partido e nem também apenas pela investigação da imprensa – e eu respeito o trabalho  de vocês. Ela terá que ser aferida pela investigação da Polícia Federal. Isso não tem nada a ver com querer tangenciar ou se livrar do problema [...]. O compromisso é com a verdade”, disse.
Meu compromisso é com a verdade, e a verdade não virá apenas pelas mãos do partido nem apenas pela investigação da imprensa. Ela terá de ser aferida pela investigação que está sendo feita pela Polícia Federal. O compromisso é com a verdade", declarou.
Acre
A ex-senadora foi questionada sobre o fato de ter terminado a eleição de 2010 em terceiro lugar no Acre e como explicava essa desaprovação em seu estado de origem.
Marina Silva disse que contrariou interesses políticos no estado e citou um provérbio – "É muito difícil ser profeta em sua própria terra".
"Eu venho de uma trajetória política que desde os meus 17 anos eu tive que confrontar muitos interesses no meu estado do Acre, ao lado de Chico Mendes, ao lado de pessoas que se posicionaram ao lado da Justiça, da defesa dos índios, dos seringueiros, da ética na política. Isso fez com que eu tivesse que seguir uma trajetória que não era o caminho mais fácil", afirmou.
A jornalista retrucou e perguntou se não seria como se os acrianos dissessem: "Quem não a conhece que vote na senhora"?
"Talvez você não conheça bem a minha trajetória. Acho que você tem certo desconhecimento do que significa ser senadora vindo da situação que eu vim. Não sou filha de político tradicional, não sou filha de nenhum empresário. no meu estado. Até a minha eleição, para ser senador da República, era preciso ser filho de ex-governador, filho de alguém que tivesse, de preferência, um jornal, uma TV, uma rádio, para falar bem de si mesmo e falar mal daqueles que ficavam defendendo a justiça. Não é culpa dos acrianos, é culpa das circuinstancias. Os acrianos foram muito generosos comigo", respondeu.
Reeleição
Ao falar sobre os projetos que tem para o país, disse que um dos mais importantes é "renovar a política e vê-la a serviço de resolver os principais problemas do cidadão".
A candidata reiterou a promessa de, se eleita, não concorrer a um segundo mandato. "Como presidente, quero que você me ajude a ser a primeira presidente que não vai buscar uma nova eleição porque não quero ter um mandato que comprometa o futuro das próximas gerações", afirmou, dirigindo-se ao telespectador.
(Veja a íntegra da entrevista em "Marina Silva é entrevistada no Jornal Nacional")

Fonte: G1

Aécio nega ter medo de Marina e afirma estar mais preparado

O candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves, disse nesta quarta-feira (27) que "respeita muito" sua adversária Marina Silva (PSB), mas que ele e sua equipe estão "muito mais preparados" para governar o país. Questionado durante sabatina  ao jornal "Estado de S. Paulo" se tinha medo da ex-senadora, respondeu:
"De forma alguma, eu tenho enorme respeito pela Marina Silva, o que tenho é grande confiança no nosso projeto", acrescentando que a presença dela na disputa, assim como foi a do Eduardo [Campos], é muito importante".
Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (26) mostra que Aécio está em terceiro lugar nas intenções de voto, com 19%. Dilma Rousseff (PT) está com 34% e Marina Silva (PSB), 29%.
Ao responder à pergunta sobre medo de Marina, o tucano lembrou que o PSDB atuou para "impedir a manobra" que o PT tentou fazer no Congresso Nacional a fim de "impedir pela força da sua maioria a criação do partido da Marina". Ele se referia à Rede Sustentabilidade – que teve o registro negado pela Justiça Eleitoral por falta do mínimo de assinaturas.
"Essa não é uma atitude de quem teme a Marina. Respeito muito a Marina, mas acho que estamos muito mais preparados para os desafios que vamos viver", disse Aécio.
O tucano disse que Marina Silva ainda não apresentou suas "ideias" e argumentou que o PSDB é a "oposição coerente" do país. "Nós somos a oposição no Brasil, e não essa situação circunstancial", disse em referência à candidata do PSB.
"Não mudamos de lado, temos um projeto para o Brasil que executamos quando éramos governo e que agora queremos resgatar", afirmou. Marina Silva era militante do PT e foi ministra do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cinco anos antes de filiar-se ao PV, em 2008, para depois concorrer à Presidência pela primeira vez, em 2010.
Economia
Aécio disse que a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, não "consegue dizer para que caminho pretende levar o Brasil" no campo econômico. Ele disse que, ao antecipar o nome de Armínio Fraga como seu futuro ministro da Fazenda, quer mostrar como o PSDB vai "trazer os empregos de volta e como vai fazer o país voltar a crescer".
Em sua eventual gestão, disse, o Brasil terá uma "política fiscal absolutamente transparente". O tucano evitou responder de quanto será o superávit primário que seu governo perseguirá, mas disse que será crescente e sem incluir despesas não correntes.
"Buscaremos o superávit, mas será precipitação dizer qual será. É preciso que antes assumamos o governo, porque não sei quais serão as bombas relógios que virão daqui para frente”.
O candidato voltou a se referir a Marina Silva ao falar sobre os "nomes qualificados que estão surgindo" no processo de montagem de sua equipe econômica. "Ontem ouvi uma candidata falar em time. Nós temos uma seleção brasileira", afirmou.
Ele ainda repetiu que o Brasil "não é para amadores". "O futuro que nos espera precisa de experiência e competência", disse.
Ministérios e cargos comissionados
Na entrevista, Aécio voltou a prometer um corte no número de ministérios, dizendo achar "razoável" governar com a metade das atuais 39 pastas do governo federal. O candidato tucano ainda disse que são "dispensáveis" um terço dos cerca de 22 mil cargos comissionados, preenchidos sem concurso público e, em geral, por indicações políticas.
"O que o Brasil quer é um Estado eficiente, que gaste menos com a estutura para gastar mais com as pessoas", disse, prometendo "racionalizar o Estado". Acrescentou que seu ex-vice e sucessor no governo de Minas Gerais, Antonio Anastasia, está fazendo um "novo desenho" da estrutura do governo para realizar as mudanças.
Aécio antecipou que ele pode ser um de seus ministros. "Espero primeiro que ele tenha um cargo no Senado, para depois ir para o ministério", quando questionado sobre o assunto.
Reforma tributária
Questionado sobre como será realizada sua reforma tributária, Aécio disse que primeiro vai trabalhar pela "simplificação" do sistema, argumentando que atualmente as empresas gastam cerca de R$ 40 bilhões "para manter a máquina pagadora funcionando".
Ele afirmou ser importante que as despesas do governo também aumentem num ritmo menor que o crescimento da economia. "Vamos qualificar as despesas, não estamos falando em cortes em programas socias. Vamos fazer o Brasil voltar a crescer, mas as despesas supérfluas, vamos cortar sim".
Aeroporto
Aécio voltou a defender, na entrevista, a construção de um aeroporto, quando era governador, na cidade de Cláudio (MG), próximo a fazendas de sua família. Questionado se isso era um problema "moral", ele disse que "foi uma bora correta, planejada e feita para beneficiar a população daquela região".
Como argumento, disse que seu governo também investiu na interligação por asfalto de 224 cidades em Minas, na cobertura de telefonia celular para todo o estado e na construção de aeroportos regionais em todo o estado. "Muito provavelmente é possível que tenham familiares meus morando em alguma dessas cidades", disse.
Maconha, bafômetro
Aécio reafirmou ser contra proposta defendida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para legalizar o uso da maconha no país. "Eu tenho enorme respeito por ele, mas não tenho concordância com todas as opiniões dele".
Em outro momento, foi indagado se havia se arrependido de, em 2012, ter recusado a se submeter ao teste do bafômetro quando parado por uma blitz no Rio de Janeiro enquanto dirigia. Ele disse que, se o episódio tivesse ocorrido hoje, "faria com certeza". "Sou cidadão, homem comum, não ando com motorista", afirmou.
Ele justificou que não fez o teste porque estava com a carteira vencida e por isso, passou o volante para quem o acompanhava.
Política externa
Ao final da entrevista, Aécio foi questionado sobre o que pensava sobre a atual política externa do Brasil, sobretudo em relação ao Mercosul. "Ficamos amarrados ao longo dos 12 anos ao que é do interesse específico de alguns vizinhos", criticando "alinhamento ideológico da política externa".
Ele disse, no entanto, ser favorável que o bloco evolua da categoria de união aduaneira para área de livre comércio, mas que também possa firmar acordos bilaterais com outros países.

Fonte: G1

Em Pernambuco, Ibope aponta: Marina, 41%, Dilma, 37%, e Aécio, 3%

Pesquisa Ibope divulgada na terça-feira (26) aponta que Marina Silva (PSB) tem 41% das intenções de voto e Dilma Rousseff (PT), 37%, entre os eleitores de Pernambuco na disputa pela Presidência da República. Aécio Neves (PSDB) aparece com 3%. Esta é a segunda pesquisa de intenção de voto feita pelo instituto no estado sobre a eleição nacional, após o registro das candidaturas.
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo.
Pastor Everaldo (PSC) tem 1%. Brancos e nulos somam 7%, e outros 11% não sabem ou não responderam. Eduardo Jorge (PV),  Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB),Luciana Genro (PSOL), Mauro Iasi (PCB), Rui Costa Pimenta (PCO), e Zé Maria (PSTU) somam, juntos, 2%.
Veja os números do Ibope para a pesquisa estimulada (em que a relação dos candidatos é apresentada ao entrevistado) apenas no estado de Pernambuco:
Marina Silva (PSB) - 41% das intenções de voto
Dilma (PT) – 37%
Aécio Neves (PSDB) – 3%
Pastor Everaldo (PSC) – 1%
Outros com menos de 1% - 2%
Brancos e nulos - 7%
Não sabe ou não respondeu - 11%
A pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 25 de agosto. Foram entrevistados 1.512 eleitores em 69 municípios do estado. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levada em conta a margem de erro de três pontos para mais ou para menos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%.
A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo Nº PE- 00019/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral sob protocolo Nº BR-00424/2014.

Fonte: G1

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Dilma tem 34%, Marina, 29%, e Aécio, 19%, aponta pesquisa Ibope

Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (26) aponta Dilma Rousseff (PT) com 34% das intenções de voto para presidente da República e Marina Silva (PSB), com 29%. O candidato do PSDB, Aécio Neves, tem 19%, seguido de Pastor Everaldo (PSC) e Luciana Genro (PSOL), com 1% cada. Os outros seis candidatos somados acumulam 1%.
O levantamento indica que, em um eventual segundo turno entre Dilma Rousseff e Marina Silva, a ex-senadora teria 45% e a atual presidente, que tenta a reeleição, 36%.
Encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo", a pesquisa é a primeira do Ibope com Marina Silva como candidata do PSB. No levantamento anterior do instituto, divulgado no último dia 7, o candidato do partido ainda era Eduardo Campos, que morreu em acidente aéreo no último 13. Naquela pesquisa, Dilma tinha 38%; Aécio  Neves (PSDB), 23%; e Eduardo  Campos (PSB), 9%.
De acordo com a pesquisa desta terça-feira, 7% dos entrevistados disseram não saber em quem votar e 8% responderam que votarão em branco ou nulo. Na pesquisa anterior, os que responderam não saber em quem votar eram 13% e brancos e nulos, 11%.
O Ibope ouviu 2.506 eleitores em 175 municípios entre os últimos sábado (23) e segunda-feira (25). O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00428/2014.
Confira abaixo os números na modalidade estimulada da pesquisa (em que o pesquisador apresenta ao entrevistado um cartão com os nomes de todos os candidatos):
- Dilma Rousseff (PT): 34%
- Marina Silva (PSB): 29%
- Aécio Neves (PSDB): 19%
- Luciana Genro (PSOL): 1%
- Pastor Everaldo (PSC): 1%
- José Maria (PSTU): 0% *
- Eduardo Jorge (PV): 0% *
- Rui Costa Pimenta (PCO): 0% *
- Eymael (PSDC): 0% *
- Levy Fidelix (PRTB): 0% *
- Mauro Iasi (PCB): 0% *
- Brancos/nulos/nenhum: 7%
- Não sabe: 8%
* Cada um dos seis indicados com 0% não atingiu 1% das intenções de voto; somados, eles têm 1%
Espontânea
Na modalidade espontânea da pesquisa (em que o pesquisador somente pergunta ao eleitor em quem ele pretende votar, sem apresentar a relação de candidatos), o resultado foi o seguinte:
- Dilma Rousseff (PT): 27%
- Marina Silva (PSB): 18%
- Aécio Neves (PSDB): 12%
- Outros: 2%
- Brancos/nulos/nenhum: 12%
- Não sabe: 28%
Segundo turno
O Ibope simulou os seguintes cenários de segundo turno:
- Marina Silva: 45%
- Dilma Rousseff: 36%
- Brancos/nulos/nenhum: 9%
- Não sabe: 11%
- Dilma Rousseff: 41%
- Aécio Neves: 33%
- Brancos/nulos/nenhum: 12%
- Não sabe: 12%
Rejeição
Dentre os 11 candidatos a presidente, Dilma Rousseff tem a maior taxa de rejeição (percentual dos que disseram que não votam em um candidato de jeito nenhum). Veja os números:
- Dilma Roussef: 36%
- Aécio Neves: 18%
- Pastor Everaldo: 14%
- Zé Maria: 11%
- Marina Silva: 10%
- Eymael: 9%
- Levy Fidelix: 9%
- Luciana Genro: 8%
- Rui Costa: 7%
- Eduardo Jorge: 7%
- Mauro Iasi: 6%
Avaliação do governo
A pesquisa mostra que a administração da presidente Dilma tem a aprovação de 34% dos eleitores – no levantamento anterior, divulgado no último dia 7, o índice era de 32%. O percentual de aprovação reúne os entrevistados que avaliaram o governo como "bom" ou "ótimo".
A pesquisa mostra ainda que o índice dos que desaprovam a gestão, ou seja, consideram o governo "ruim" ou "péssimo", é de 27% (31% no levantamento anterior). Consideram o governo "regular" 36% (na pesquisa anterior, 35%).
O resultado da pesquisa de avaliação do governo Dilma foi o seguinte:
- Ótimo/bom: 34%
- Regular: 36%
- Ruim/péssimo: 27%
- Não sabe: 2%

Fonte: G1

Tucanos e petistas adotam postura de ataque à candidata do PSB

A ascensão de Marina Silva (PSB) intensificou o bombardeio de tucanos e petistas à presidenciável socialista na véspera do primeiro debate na televisão. Os primeiros questionamentos ocorreram no fim de semana, quando Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) abordaram a inexperiência administrativa da ex-senadora, se comparada a uma presidente candidata à reeleição e a um governador eleito duas vezes seguidas. Mas os ataques prosseguirão questionando outros pontos, como a falta de um partido forte e o estilo “desagregador” de Marina.

Aécio ironizou ontem, durante visita ao Saara, centro de comércio popular do centro do Rio, as declarações dadas pelo economista Eduardo Gianetti da Fonseca de que, se eleita, Marina pediria ajuda a Fernando Henrique Cardoso e a Luiz Inácio Lula da Silva para governar. “Fico muito honrado em ver sempre referências positivas aos nossos quadros. Mas acho que o que vai prevalecer é o software original. Quem vai governar é o PSDB com os seus aliados e, obviamente, com figuras qualificadas, sem partido e de outras forças políticas”, afirmou Aécio.
Ele também desdenhou a possibilidade de crescimento de Marina nas pesquisas — o coordenador-geral da campanha do PSB, Márcio França afirmou que os novos resultados serão “avassaladores”. Para Aécio, a socialista embarcou em uma onda de comoção de curta duração. Ele garantiu que, dentro de 15 ou 20 dias, aparecerá em segundo lugar isolado nas pesquisas de intenções de voto. E aposta que o quadro para a disputa presidencial começará a se definir a partir de 15 de setembro.

Dilma, que já questionara no domingo as declarações de Marina, ao afirmar que um presidente que não se preocupar com a gestão está querendo ser a rainha da Inglaterra, aproveitou ontem, ao responder uma pergunta sobre atraso no pagamento de obras do PAC, para criticar novamente a adversária, sem citar o nome dela. “A atividade de presidente da República não é uma atividade que seja lateral ele gerir. É intríseco ao presidente da República se preocupar com gestão, porque se ele não se preocupar com a gestão, esse presidente está querendo ser rei ou rainha da Inglaterra”, disse.
A nova estratégia de ataque conjunto à ex-ministra ministra do Meio Ambiente é motivada por razões diferentes. Os tucanos querem conter o crescimento de Marina e evitar que ela, e não Aécio Neves (PSDB), chegue ao segundo turno. Já os petistas estão tensos porque os primeiros números divulgados mostram que Marina venceria Dilma Rousseff em um eventual segundo turno, encerrando a hegemonia do PT no Palácio do Planalto que já dura 12 anos.
Caixa dois
Os adversários de Marina também cobram explicações sobre o avião alugado pela campanha socialista e que matou Eduardo Campos. Desde sexta-feira, Aécio começou a dizer que “homens públicos têm de estar preparados para dar explicações cobradas pela sociedade”. A Polícia Federal abriu investigação para apurar denúncias de que a aeronave teria sido paga por caixa dois empresarial ou do próprio PSB. Marina prometeu que a legenda daria explicações sobre o caso hoje.
Mas a candidata socialista é questionada por outras coisas, mais relacionadas ao aspecto político. Além da inexperiência administrativa — foi ministra do Meio Ambiente por cinco anos e meio e senadora pelo PT —, Marina é vista pelos seus contendores como alguém com estilo político desagregador, como seria comprovada pela própria trajetória dela.
Em 2008, Marina deixou o cargo de ministra por divergências com a então chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o então ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Mangabeira Unger. Um ano depois, para concretizar o projeto de concorrer ao Planalto em 2010, ela deixou o PT e filiou-se ao PV. “O que aconteceu? Marina perdeu a eleição e deixou o PV em 2011, alegando divergências internas com a cúpula do partido que a havia abrigado”, disse um parlamentar petista.
Marina tentou, sem sucesso, criar a Rede Sustentabilidade, mas teve o registro negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Marina nem sequer conseguiu montar o próprio partido. Migrou para o PSB e, tão logo foi indicada candidata no lugar de Eduardo, todos os socialistas que ocupavam o comando de campanha pediram para sair”, completou o militante do PT.
A chegada da candidata do PSB também causa apreensão em experientes interlocutores do cenário nacional. Estrategistas da campanha de Aécio Neves (PSDB) afirmam que, se eleita, Marina não têm quadros técnicos e políticos para governar um país que atravessa um momento dramático na economia e tampouco base parlamentar para aprovar as mudanças na legislação brasileira.
Marina, que ontem fez campanha na Bienal do Livro, em São Paulo, admitiu que o momento será de responder aos ataques feitos pelos adversários. “Essa é uma campanha na qual vamos ter que oferecer a outra face. Vamos oferecer a outra face e caminhar com sabedoria”, garantiu ela.

Fonte: Correio Braziliense