De família tradicional na política em Pernambuco, o ex-governador Eduardo Campos,
49 anos, nasceu no Recife em 10 de agosto de 1965. Ele era casado e pai de
cinco filhos. Filho do poeta Maximiliano Arraes e da ex-deputada federal e
ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes, Campos se formou em
economia na Universidade Federal de Pernambuco, onde atuou como presidente do
Diretório Acadêmico da Faculdade.
O contato com a política começou cedo, em 1986, quando trabalhou
ativamente na campanha que elegeu seu avô, Miguel Arraes, ao governo de
Pernambuco. Na época, Campos tinha apenas 21 anos. Quatro anos depois, em 1990,
ele se filiou ao PSB.
Em 1994, com apenas 29 anos, foi eleito deputado federal, cargo para o
qual foi reeleito em 1998 e em 2002. No início do terceiro mandato como
deputado, Campos se aproximou do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
ajudando a mobilizar a base governista para aprovar a Reforma da Previdência.
Em janeiro de 2004, foi nomeado por Lula ministro de Ciência e
Tecnologia, onde trabalhou pela aprovação da lei que autoriza pesquisas com
células-tronco embrionárias. Em 2006, Eduardo Campos foi eleito
governador de Pernambuco em primeiro turno, com mais de 60% dos votos válidos e
foi reeleito, em 2010, com 83% dos votos válidos.
A gestão à frente
do estado foi marcada pelos esforços em modernizar industrialmente a região.
Durante a maior parte dos dois mandatos, Campos apoiou os governos de Luiz
Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.
Em 2013, ele passou a reforçar críticas ao governo de Dilma,
especialmente com relação à gestão da economia e à aliança com o PMDB. Em 18 de
setembro do ano passado, o PSB entregou os cargos no governo federal, inclusive
o comando do Ministério da Integração, e passou a se posicionar de forma
independente nas votações. A decisão de se afastar do governo e lançar
candidatura própria motivou a saída do partido e filiação ao PROS do governador
do Ceará, Cid Gomes, e do irmão dele, Ciro Gomes.
Em outubro, Eduardo Campos se aliou à ex-senadora Marina Silva na
disputa presidencial, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitar o
registro da Rede Sustentabilidade, partido que ela tentava criar para concorrer
às eleições. Em 4 de abril deste ano, Eduardo Campos renunciou ao governo de Pernambuco
para se dedicar à campanha para a Presidência da República.
Em 28 de junho, em aliança com outros cinco partidos, o PSB oficializou
a candidatura de Campos à Presidência e de Marina Silva à vice-presidência. Na
campanha, Campos e Marina apresentaram uma série de propostas, como escola em
tempo integral, passe livre para estudantes de escola pública e disseram ser
possível reduzir a inflação para 3% até 2018.
Pesquisa Ibope, encomendada pela TV Globo e divulgada na última
quinta-feira (7), apontava Campos em terceiro lugar na disputa, com 9% das
intenções de voto.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário