A
ex-senadora Marina Silva - escolhida, mas ainda não oficializada, candidata do
PSB à Presidência no lugar de Eduardo Campos - apelou, na manhã desta
terça-feira (19/9), para que o “esforço” do pernambucano morto na semana
passada pela “renovação política” seja seu legado à sociedade brasileira.
Marina tenta se colocar como alternativa entre a polarização entre PT e PSDB. A
ex-senadora deu a declaração à imprensa depois de missa de sétimo dia, na
Catedral de Brasília, organizada pelo PSB.
“Neste
momento nosso esforço, independente de partidos, é de que todo seu esforço, sua
trajetória, sua insistência em renovar a politica não seja tratado como uma
herança onde cada um pega um fragmento do desposo, mas como um legado que
quanto mais pessoas puderam apropriar dele maior ele fica, porque se multiplica
no coração, nas mentes e na ação daqueles que não desistem de que esse mundo
possa ser socialmente justo, economicamente próspero, culturalmente diverso,
politicamente democrático e ambientalmente sustentável”, disse Marina.
A
missa foi prestigiada por políticos de diferentes partidos, como o vice-presidente
da República, Michel Temer (PMDB); o secretário-geral da Presidência, Gilberto
Carvalho (PT); e o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), além de peesebistas. Na
entrevista, Marina não comentou sua provável candidatura no lugar de Eduardo,
nem quem seria seu vice. O partido vai anunciar os nomes oficialmente amanhã.
Entre os mais cotados para ser vice, está o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS),
que tem a seu favor ter sido grande aliado de Eduardo e ser nome tradicional do
partido.
Marina
lamentou o fato de as ideias de Eduardo só terem tido grande visibilidade
depois de seu morte. “Que bom que revelaram seus ideais. Que pena que para
revelarem foi ao preço de tamanho sacrifício e de tamanha perda”, disse a
ex-senadora. Ela acrescentou que Eduardo não se abateu com críticas. “Um homem
que mesmo diante da descrença do seu compromisso de que ia trabalhar para
renovar a política, não se rendeu às críticas e continuou com sua bandeira
empunhada e até o último momento pediu para que não desistissemos de lutar pelo
Brasil.”
Fonte: Correio Braziliense
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