quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Aécio Neves promete correção no IR e reajuste real do salário mínimo

O candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, participou ontem de um encontro com lideranças sindicais em que comprometeu-se a atender uma pauta de 19 itens elaborada por Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST). Entre os compromissos assumidos, estão a correção da tabela do Imposto de Renda e o “reajuste real do salário mínimo”, como prometeu Aécio, em discurso. O evento com sindicalistas reuniu cerca de 3 mil pessoas na Casa de Portugal, no centro de São Paulo. Hoje, o candidato tucano cumpre agenda em Natal (RN), onde visita uma fábrica têxtil.
Aécio dividiu o palanque em São Paulo com o deputado federal Paulinho da Força (SD-SP), presidente nacional da Força Sindical, entre outros líderes trabalhistas. Para uma plateia formada por representantes de sindicatos da construção civil, aeroviários, padeiros, mototaxistas e costureiras, entre outras classes, Aécio fez duras críticas à gestão de Dilma Rousseff. “Meu governo não vai governar de costas para a classe trabalhadora. O governo atual esqueceu de seus compromissos com os trabalhadores para pensar exclusivamente no poder”, afirmou, exaltando a necessidade de crescimento econômico do país e criticando “a pior inflação de muitas décadas”.
Em discurso de pouco mais de oito minutos, com a voz rouca, Aécio exaltou o apoio que tem recebido da classe trabalhadora. “Não sei com quem vou, mas garanto que estarei no segundo turno!”, prometeu. Inicialmente o candidato tucano em São Paulo ao Senado, José Serra, acompanharia Aécio no encontro com sindicalistas. Como Serra não apareceu, coube a Paulinho da Força, presidente nacional do Solidariedade, fazer as honras da casa. “Nossa esperança é que ele vai enfrentar de um lado uma candidata inexperiente, que ninguém sabe o que vai fazer, e de outro uma candidata que trouxe de volta a inflação e é campeã em taxa de juros”, disparou Paulinho, em referência a Marina Silva e a Dilma Rousseff.
Mamografia
No manifesto entregue a Aécio, as entidades de classe reclamam que “o atual governo tem desrespeitado os trabalhadores ao negar o diálogo com as lideranças sindicais”. A crise na Petrobras, tema de duas CPIs no Congresso, também é destacada. “Com relação à corrupção, nunca vimos tanto aparelhamento dos equipamentos públicos, com desvios de recursos e negociatas que têm sangrado nosso patrimônio”, diz o documento. Entre as reivindicações dos sindicalistas, estão o fim do fator previdenciário e a valorização das aposentadorias e pensões com percentuais acima do salário mínimo, entre exigências genéricas como “soberania e integração nacional”.
Antes do encontro com os sindicalistas, Aécio visitou uma carreta do Programa Mulheres de Peito, que conta com 300 postos fixos e quatro postos móveis onde são oferecidos exames gratuitos de mamografia. Na atividade de campanha realizada no Brás, no centro de São Paulo, Aécio prometeu ampliar o acesso a exames de mamografia e atualizar a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). “É necessário que a tabela seja corrigida. Não vai ser do dia para a noite, mas, a partir do momento em que se tenha prioridades claras, será possível”, afirmou, sem mencionar números.

Fonte: Correio Braziliense

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