O candidato do PSDB ao Planalto, Aécio
Neves, participou ontem de um encontro com lideranças sindicais em que
comprometeu-se a atender uma pauta de 19 itens elaborada por Força Sindical,
União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores
(NCST). Entre os compromissos assumidos, estão a correção da tabela do Imposto
de Renda e o “reajuste real do salário mínimo”, como prometeu Aécio, em
discurso. O evento com sindicalistas reuniu cerca de 3 mil pessoas na Casa de
Portugal, no centro de São Paulo. Hoje, o candidato tucano cumpre agenda em Natal
(RN), onde visita uma fábrica têxtil.
Aécio
dividiu o palanque em São Paulo com o deputado federal Paulinho da Força
(SD-SP), presidente nacional da Força Sindical, entre outros líderes
trabalhistas. Para uma plateia formada por representantes de sindicatos da
construção civil, aeroviários, padeiros, mototaxistas e costureiras, entre
outras classes, Aécio fez duras críticas à gestão de Dilma Rousseff. “Meu
governo não vai governar de costas para a classe trabalhadora. O governo atual
esqueceu de seus compromissos com os trabalhadores para pensar exclusivamente
no poder”, afirmou, exaltando a necessidade de crescimento econômico do país e
criticando “a pior inflação de muitas décadas”.
Em
discurso de pouco mais de oito minutos, com a voz rouca, Aécio exaltou o apoio
que tem recebido da classe trabalhadora. “Não sei com quem vou, mas garanto que
estarei no segundo turno!”, prometeu. Inicialmente o candidato tucano em São
Paulo ao Senado, José Serra, acompanharia Aécio no encontro com sindicalistas.
Como Serra não apareceu, coube a Paulinho da Força, presidente nacional do
Solidariedade, fazer as honras da casa. “Nossa esperança é que ele vai
enfrentar de um lado uma candidata inexperiente, que ninguém sabe o que vai
fazer, e de outro uma candidata que trouxe de volta a inflação e é campeã em
taxa de juros”, disparou Paulinho, em referência a Marina Silva e a Dilma
Rousseff.
Mamografia
No
manifesto entregue a Aécio, as entidades de classe reclamam que “o atual
governo tem desrespeitado os trabalhadores ao negar o diálogo com as lideranças
sindicais”. A crise na Petrobras, tema de duas CPIs no Congresso, também é
destacada. “Com relação à corrupção, nunca vimos tanto aparelhamento dos
equipamentos públicos, com desvios de recursos e negociatas que têm sangrado
nosso patrimônio”, diz o documento. Entre as reivindicações dos sindicalistas,
estão o fim do fator previdenciário e a valorização das aposentadorias e
pensões com percentuais acima do salário mínimo, entre exigências genéricas
como “soberania e integração nacional”.
Antes
do encontro com os sindicalistas, Aécio visitou uma carreta do Programa
Mulheres de Peito, que conta com 300 postos fixos e quatro postos móveis onde
são oferecidos exames gratuitos de mamografia. Na atividade de campanha
realizada no Brás, no centro de São Paulo, Aécio prometeu ampliar o acesso a
exames de mamografia e atualizar a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). “É
necessário que a tabela seja corrigida. Não vai ser do dia para a noite, mas, a
partir do momento em que se tenha prioridades claras, será possível”, afirmou,
sem mencionar números.
Fonte: Correio Braziliense
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