Aécio Neves teria
uma quarta-feira repleta. Depois de exibir-se para o eleitorado do Rio Grande
do Norte, faria comícios em três municípios da Paraíba. Ao receber a informação
de que uma tragédia aérea abreviara a vida do amigo Eduardo Campos, o presidenciável
tucano cancelou os compromissos e voou de Natal para São Paulo. Na capital
paulista, reuniu-se com o candidato a vice Aloysio Nunes Ferreira e com o
coordenador de campanha José Agripino Maia. A tróica tentou apalpar o futuro.
Concluíram que,
diante da fatalidade, a conversão da vice Marina Silva em cabeça da chapa do
PSB é o melhor e o pior que pode acontecer. Melhor se ela substituir Campos e
amealhar apenas os votos suficientes para levar Aécio até o segundo turno. Pior
se Marina crescer a ponto de ultrapassar Aécio, chegando, ela própria, ao
segundo round. Muito pior ainda se a líder da Rede for escanteada. Nessa
hipótese, Dilma pode prevalecer na primeira rodada.
Otimistas, Aécio e
seus operadores avaliam que os 23% obtidos no último Ibope são constituídos de
“votos consolidados”. E parte dos 38% amealhados por Dilma seria composta de
eleitores volúveis. Nesse cenário, uma candidatura encabeçada por Marina,
ex-petista e ex-ministra de Lula, tenderia a subtrair mais votos de Dilma que
de Aécio. De resto, Marina reteria parte dos eleitores de Eduardo Campos e
atrairia um naco do contingente de indecisos.
De resto, Aécio e
seus operadores avaliam que o PSDB pode herdar alguns acordos políticos
firmados por Eduardo Campos nos Estados. Por exemplo: fechados com Campos,
Nelson Trad (PMDB) e Benedito de Lira (PP), candidatos aos governos do Mato
Grosso do Sul e de Alagoas, respectivamente, migrariam para o palanque de Aécio
se Marina virar a número um do PSB.
Fonte: Blog do Josias de Souza
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