O candidato à
Presidência da República Eduardo Campos (PSB) afirmou, nesta terça-feira (5),
em palestra na Academia Brasileira de Ciências, no Centro do Rio, que pretende
investir em ciência e tecnologia como forma de estimular o desenvolvimento
econômico. Segundo ele, caso eleito, a meta de seu governo será atingir 2% do
Produto Interno Bruto (PIB) em investimentos em ciência e tecnologia.
O encontro na
academia durou aproximadamente duas horas, e Campos respondeu a perguntas de
especialistas do setor.
De acordo com o
candidato, ministro da Ciência e Tecnologia no governo do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, o percentual do PIB aplicado em ciência e tecnologia já
chegou a 1,2%, mas o país precisa mais. Segundo ele, países mais desenvolvidos
já chegam a 3% do PIB investidos no setor.
"Na medida em
que o governo federal contigencia recurso para ciência e tecnologia. os estados
também contigenciam. E aí você entra num ciclo de redução de investimento numa
área que é fundamental para o desenvolvimento da nossa economia e para melhorar
a vida das pessoas", afirmou.
Para o
presidenciável, com conhecimento científico aplicado à produção, o Brasil tem
condições de produzir internamente, a um custo menor, produtos competitivos no
mercado externo.
"O desafio no Brasil
é pegar todo o Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia e poder ajudar no
crescimento econômico. Temos muito conhecimento que, colocado à disposição de
quem produz, nós iríamos produzir mais, melhor e mais barato, para competir,
inclusive, com o mercado externo. Por isso, é fundamental investir em ciência e
tecnologia", disse.
Reforma tributária
Eduardo Campos ainda afirmou que não vai aumentar impostos no Brasil e
criticou governos anteriores por não terem feito reforma tributária.
"A sociedade brasileira tem nosso compromisso de não aumentarmos os
impostos no Brasil. Todos os governos nos últimos anos têm aumentado a carga
tributária e não fizeram a reforma tributária. Nós vamos fazer a reforma
tributária, diminuir o número de impostos e tornar o sistema mais simples.
Assim, o Brasil vai voltar a crescer e gerar emprego", disse Campos.
Fonte: G1
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