quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Crise hídrica em São Paulo é apontada como fator para queda de Aécio nas pesquisas

Na passagem da presidente Dilma Rousseff (PT) e do ex-presidente Lula (PT) por Pernambuco na terça-feira (21) a falta d’água em São Paulo veio à tona com toda a intensidade. Nos discursos em Petrolina, Sertão pernambucano, e Goiana, Zona da Mata Norte, a candidata à reeleição citou a crise hídrica no Estado paulista para criticar Aécio Neves e exaltar o projeto da transposição do Rio São Francisco, cujo intuito é levar água às torneiras dos nordestinos.
“São Paulo, o Estado mais rico do País, não se preparou para a seca. Já o governo federal se preparou e trouxe água para o Nordeste”, afirmou enérgica, próxima do Rio São Francisco, em Petrolina. Os testes do sistema de bombeamento da Transposição começaram na semana passada. Os primeiros, falharam.
As críticas direcionadas ao governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) se estendem ao candidato Aécio Neves. Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a cúpula da campanha de Aécio Neves culpa a falta d’água em São Paulo pela recuperação de Dilma Rousseff na reta final da eleição. A pesquisa Datafolha mais recente, divulgada nesta quarta (22), aponta Dilma com 52% e Aécio, 48%.
A crise, explorada pela propaganda petista, seria o principal motivo da redução da vantagem do tucano no Sudeste. Os aecistas temem que o problema no abastecimento continue a tirar os votos do tucano até domingo. O governador Geraldo Alckmin se reelegeu no primeiro turno, quando a situação ainda não afetava as famílias paulistas na proporção atual.
Até o agravamento da crise hídrica, o núcleo próximo ao presidenciável era só elogios ao empenho do governador paulista na campanha do mineiro.
O clima no tucanato é de revolta com o uso da falta d’água na propaganda do PT. “Dilma merece a medalha da sacanagem. Fazendo o que faz, vai perder a legitimidade se for reeleita”, esbraveja  um tucano ligado a Aécio.
Os petistas festejam. “Aécio disse que a população voltou a fazer filas nos supermercados por causa da inflação. Em São Paulo, o que o povo precisa estocar é água”, diz o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

Fonte: Blog do Jamildo

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