A Polícia Federal divulgou nota, na noite
de sábado, 25, na qual afirma serem “infundadas as informações de possível
envenenamento” do doleiro Alberto Youssef, delator do esquema de corrupção na
Petrobras. Youssef passou mal na manhã de ontem, e foi transferido da
superintendência da PF no Paraná, onde está preso, para a UTI do hospital Santa
Cruz na capital Curitiba.
Na nota, a PF informa que o doleiro teve
“forte queda de pressão arterial causada por uso de medicação no tratamento de
doença cardíaca crônica”. Esta é a terceira vez que ele necessita de
atendimento médico de urgência após sua prisão pela Operação Lava Jato.
Essa última internação ocorre depois de a
revista Veja revelar que o doleiro acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e a presidente Dilma Rousseff de terem conhecimento do esquema que
desviou R$ 10 bilhões da Petrobras. O jornal O Estado de S. Paulo confirmou as
informações publicadas pela revista na edição desta semana.
Internação
A reportagem teve acesso ao documento que
seria o boletim médico da internação de Youssef no início da tarde de ontem. O
documento informa que o paciente, de 47 anos, foi encaminhado ao hospital após
apresentar “episódio de síncope ao descer do beliche onde estava deitado,
evento precedido de tonturas e turvação visual.” No boletim não há menção ao
termo envenenamento. Está escrito: “síncope a esclarecer; hipertensão
arterial?, arritmia cardíaca? e DAC com IAM prévio de parede anterior e
presença de trombo fixo VE.”
O jornal O Estado de S. Paulo não conseguiu
contato com o advogado de Youssef. A reportagem apurou que a nota da PF foi
redigida a pedido do Ministério da Justiça para estancar boatos de que a causa
seria envenenamento. Segundo a nota, Youssef “permanecerá hospitalizado para a
adequação da medicação e retornará à carceragem após seu pleno
restabelecimento.”
Fonte: Estadão
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