Logo após a confirmação da reeleição de
Dilma Rousseff (PT) – com 51,64% dos votos válidos, contra 48,36% de Aécio
Neves -, na noite deste domingo (26), começaram a surgir nas redes sociais
milhares de postagens de eleitores insatisfeitos com o resultado da maior eleição
da história democrática do Brasil. Em boa parte delas, o preconceito contra
nordestinos foi disseminado.
Em outras publicações, crimes de ódio como
xenofobia, homofobia e racismo foram cometidos. Houve também ameças a eleitores
do PT e até quem prometesse atentar contra a vida da presidenta reeleita. Foi o
caso do militar Renato Pascoal Fernandes (foto), tenente do exército e morador
de Belo Horizonte (MG), que usou o Facebook para dizer que pretende assassinar
Dilma a tiros, exibindo uma munição de fuzil e usando o fardamento da
corporação onde trabalha.
“Dilma… essa é pra vc [sic]… Eu estou
pronto! Só esperando o toque da corneta“, postou Renato como legenda, poucos
minutos após a apuração ter definido o triunfo da candidata governista.
A mensagem começou a viralizar, recebendo
dezenas de curtidas e comentários, além de mais de uma centena de
compartilhamentos. Na tarde desta segunda (27), quando o link começou a
circular mais rapidamente e surgiram as primeiras denúncias às autoridades, o
tenente apagou a imagem.
Procurado pela equipe do Portal A8, o
militar tentou se defender, alegando que “seu face [sic] tava [sic] aberto no
trabalho”, e que já teria registrado um boletim de ocorrência interno para
apurar a suposta “invasão” de seu perfil. Renato negou que fosse militar, e que
a imagem retrataria uma “fantasia” e que segura apenas um chaveiro em forma de
munição de fuzil. Porém – ah, porém… – uma rápida pesquisa nos álbuns públicos
do Facebook do acusado confirma que ele mentiu à reportagem: Renato Paschoal
Fernandes é militar e costuma publicar imagens de apoio a corporações policiais
e de treinamentos que fez.
Fonte:
Plantão Brasil
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