Marília Arraes, vereadora do Recife pelo
PSB e prima do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, participou na manhã
desta segunda-feira (13) de um debate na Rádio Jornal. No ar, a socialista
criticou as posições do PSB em apoiar Aécio Neves (PSDB) e disse que “a família
de Eduardo Campos não é um partido”.
A vereadora participava de um debate no
programa “Super Manhã”, do comunicador Geraldo Freire, e debatia o tema do
legado político entre familiares de governantes.
Marília aproveitou o tema para criticar a
postura tomada pela família de seu primo e lideranças do PSB no Estado, que
nesse sábado (11) recebeu o candidato do PSDB, Aécio Neves, para
declarar-lhe apoio oficialmente: “A família de Eduardo não é um partido”,
disparou a vereadora, comentando sobre o fato de Aécio aumentar seu eleitorado
depois do apoio da família Campos.
Marília Arraes já vinha criticando as
decisões tomadas pelo seu partido nas reuniões da Executiva Nacional, realizada
nessa terça-feira (07) e disse que apoiar Aécio Neves não condiz com a história
do PSB.
“Essa política do Aécio nós conhecemos. Nós
e (Miguel) Arraes fomos o grupo mais perseguido pelo PSDB quando Fernando
Henrique era presidente. Essa política eu enxerguei na candidatura de Paulo
Câmara e na candidatura de Eduardo à Presidência”, disse Marília Arraes.
A vereadora se une ao coro de socialista
que se põem contra o apoio ao tucano. O presidente interino do partido, Roberto
Amaral, e a deputada Luiza Erundina (SP) também desaprovam a aliança com o
tucano. Roberto Amaral chegou a dizer que a ala pernambucana da sigla pratica
uma política de “coronelismo de enxada e voto”.
Marília disse ainda que não participou da
reunião da Executiva da sigla, muito embora considere que tenha “muito mais
legitimidade para participar que muitas pessoas que estão lá”, em referência ao
prefeito do Recife, Geraldo Julio, e ao Governador eleito, Paulo Câmara.
Marília Arraes entrou em atrito com o
partido e seu primo Eduardo no início deste ano, após o ex-governador indicar o
nome de seu filho, João Campos, para presidir a juventude nacional do PSB. A
vereadora chegou a convocar uma entrevista coletiva para anunciar que não
apoiaria nem as candidaturas do PSB ao governo e ao Senado, nem a candidatura de
Eduardo à Presidência, ficando do lado dos adversários.
Aécio Neves e o PSB:
“Acredito que é contraditório e é a mesma
coisa de rasgar a nossa história. O Pernambucano sabe o que a gente sofreu
quando meu avô, Miguel Arraes, foi governador. Nós sofremos o maior arocho,
fechamento de torneiras para o Estado de Pernambuco. Foi uma perseguição que
mostra qual é a política do PSDB de Aécio. Nós do PSB fomos as principais
vítimas disso.”
Marina Silva:
“Eu não tenho como definí-la porque eu não
a conheço. Ela estava, como eu costumo dizer, “matriculada” no PSB. Ela não é
socialista. Ela não é do partido. Ela queria lançar o seu partido, a Rede, mas
não conseguiu.Entrou no PSB por uma questão de conveniência, então eu não posso
considerá-la como co-partidária minha nem como membro do PSB”.
Fonte: Blog
do Jamildo
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