Há
uma guerra de nervos nas campanhas presidenciais por causa das pesquisas. Os
resultados de amanhã, do Ibope e do Datafolha, servirão como uma espécie de
tira-teima, porque houve números muito díspares nos últimos dias.
Dois
institutos, o Paraná e o Sensus, deram vantagem para Aécio Neves fora da margem
de erro. Foi uma vantagem significativa, que mostraria uma eleição praticamente
liquidada a favor do tucano. O Paraná deu oito pontos de frente. O Sensus, 17
pontos. E aí se criou um clima de suspeição.
São
dados muito diferentes daqueles apontados pelo Ibope e Datafolha, institutos de
maior credibilidade. Ibope e Datafolha mostraram empate técnico, com 51% dos
votos válidos para Aécio e 49% dos votos válidos para Dilma. Houve ainda uma
pesquisa do Vox Populi que deu 51% para Dilma e 49% para Aécio, empate técnico
também. Essas pesquisas sinalizam uma eleição longe de estar decidida, uma
disputa bem apertada.
Com baixa credibilidade por causa das críticas que
sofreram no primeiro turno, essas diferenças entre institutos só causam danos à
credibilidade das pesquisas. Eventuais pesquisas manipuladas não prejudicam
somente o eleitor ou o candidato que é vítima de uma jogada política,
prejudicam a democracia. Minam a credibilidade de um instrumento útil ao
eleitor. Os institutos não são infalíveis. Podem errar. O que não podem é agir
de má-fé.
Nas
campanhas de rádio e TV, PT e PSDB travam uma guerra sobre a economia. A
batalha é boa, porque obriga os dois candidatos a dizer claramente o que pretendem
fazer na área econômica. Esse debate ficou em segundo plano no primeiro turno.
A
presidente não admite erros na economia e joga a culpa pela inflação alta e o
baixo crescimento na crise internacional. Aécio aponta fragilidades dessa
argumentação.
O
tucano fala em medidas impopulares e anuncia Armínio Fraga na Fazenda para
agradar ao mercado. Dilma cobra de Aécio que diga quais seriam as medidas
impopulares e mostra declarações de Armínio Fraga dizendo que o salário mínimo
cresceu muito e que os bancos públicos têm de ser administrados de outra forma.
O tom
duro da propaganda eleitoral, a chamada campanha negativa, acaba sendo
importante para obrigar os candidatos a debater o que eles prefeririam deixar
fora do confronto.
Fonte: Blog do Kennedy
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