A presidente Dilma Rousseff, que teve
41,59% dos votos no primeiro turno das eleições, e disputará com Aécio Neves
(PSDB, 33,55%) o segundo turno, que acontece no próximo dia 26, disse que ainda
não iniciou as negociações para buscar o apoio dos partidos derrotados, cujos votos,
acredita, se dividirão entre ela e o adversário.
"Acho que por enquanto é uma
temeridade falar sobre como serão os apoios no futuro", afirmou a
candidata à reeleição em entrevista coletiva em Brasília, ao ser questionada
sobre uma possível aliança com Marina Silva (PSB), terceira colocada nas
eleições deste domingo (21,32%), para buscar o apoio de seu partido no segundo
turno.
Dilma afirmou que por enquanto apenas
recebeu uma ligação telefônica "muito gentil e civilizada" de Marina
Silva para felicitá-la pela vitória no primeiro turno e que agradeceu o gesto.
"Disse a ela que tinha certeza que
ambas lutávamos para melhorar o Brasil, mas por caminhos diferentes",
revelou Dilma.
Acrescentou que o apoio do PSB no segundo
turno ainda depende de reuniões entre os dirigentes do PT e do PSB, que compôs
seu governo nos três primeiros anos de gestão até a decisão de Eduardo Campos,
morto em agosto em um acidente aéreo, de se candidatar à presidência.
"Obviamente, muitas vezes os apoios
não dependem de uma pessoa, mas de várias instâncias. Temos certeza que uma
parte dos votos se dividirão entre os dois candidatos", acrescentou Dilma,
admitindo que parte dos aliados de Marina pode apoiar Aécio.
Marina Silva chegou a ser favorita na
disputa, e até poucos dias antes das eleições superava o senador tucano nas
pesquisas, mas terminou em terceiro com pouco mais votos do que em 2010, quando
se candidatou pelo PV, mas um número suficiente (mais de 22 milhões) para ser
cortejada por ambos os candidatos.
Dilma, que hoje se reuniu com assessores
para definir o rumo da campanha no segundo turno, afirmou que reiniciará as
atividades eleitorais na quarta-feira em um encontro com governadores e
senadores eleitos no domingo e que apoiam sua candidatura.
"A princípio vamos esperar para
avaliar (por onde começar a campanha no segundo turno). Nossa tendência é
começar pelo nordeste. Iremos no tempo necessário a todos os estados do
nordeste", disse, em referência à região mais pobre do país e na qual
conseguiu sua melhor votação e uma diferença de votos inalcançável para Aécio.
Acrescentou que só depois irá a São Paulo,
maior colégio eleitoral do país e grande reduto eleitoral do PSDB, e Minas
Gerais, segundo maior colégio eleitoral e onde, apesar de ser o estado natal de
Aécio, venceu com uma sólida diferença no primeiro turno.
Fonte: Uol
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