Marina Silva já havia utilizado a CPMF como
mote de campanha na sucessão de 2010, quando disputou o Planalto pelo Partido
Verde. Naquela ocasião, porém, Marina se absteve de informar como ela própria
se posicionara nas votações em que o tributo fora criado e prorrogado.
Em sua versão 2010, Marina citara a CPMF
como evidência de que “o Brasil precisa de política responsável e séria, feita
com coerência”. Em vídeo da época, veiculado no horário eleitoral (assista
acima), a então candidata do PV indagou: “Você lembra da CPMF, o imposto da
saúde?”
Marina prosseguiu: “Foi criado em 96, no
governo do PSDB. O PT era contra. Quando o PT foi para o governo, aí passou a
ser a favor do imposto. E o PSDB, na oposição, ficou contra. E acabou
conseguindo derrubar a lei que ele mesmo havia feito.” Nessa época, Marina não
dava importância à posição que adotara como senadora. “A questão não é ser
contra ou a favor do imposto”, ela dizia. “A questão é fazer política com coerência.
E fazer política com coerência é defender, antes de tudo, os interesses do
Brasil.”
Na sua versão 2014, Marina avançou o sinal.
Em debate transmitido pela Band, ela delcarou: “Quando foi a votação da CPMF,
ainda que o meu partido fosse contra, em nome da saúde, em nome de respeitar os
interesses dos brasileiros, eu votei favorável…” Os arquivos do Senado
informaram o oposto. Marina dissera “não” à CPMF. Chamada de mentirosa em propaganda do PT e questionada pela rival Dilma
Rousseff no debate da Record, Marina teve de se reposicionar em cena.
Fonte: Blog
do Josias de Souza
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