A dissidência de 80 lideranças do PT, que
integram a tendência PT de Lutas e Massas (PTLM), só será avaliada pela direção
do partido depois das eleições, conforme disse a presidente estadual, deputada
Teresa Leitão. Durante entrevista à Rádio
Folha FM 96,7, ela demonstrou indignação com a atitude tomada
pelo líder da ala partidária, Gilson Guimarães. No último domingo, ele anunciou
que o grupo não apoia mais a coligação Pernambuco Vai Mais Longe, encabeçada
por Armando Monteiro Neto (PTB) e João Paulo (PT). A decisão agora é seguir
junto com a Frente Popular, pedindo votos para os candidatos Paulo Câmara (PSB)
e Fernando Bezerra (PSB), que concorrem ao Governo e Senado, respectivamente.
Apesar da decisão tácita dos dissidentes,
Teresa Leitão avisou que não perderá tempo para tratar de um episódio “pequeno
no tamanho e na atitude”, que está distante do “momento de unidade” da
coligação. “O momento agora é de focar naquilo que a gente pode conquistar
nesta reta final de campanha, e que a militância que se comunicou conosco,
avaliando esse episódio, está disposta a fazê-lo: se manter na rua, aprofundar
o debate, ir para cima dos indecisos e conquistar uma vitória para Armando,
João Paulo e Dilma aqui em Pernambuco”, contou a petista.
Teresa rechaçou as declarações de Gilson
Guimarães, que justificou o rompimento, alegando que Armando e João Paulo
passaram a maior parte da campanha sem pedir voto para Dilma Rousseff, e que só
agora, com o crescimento da presidente nas pesquisas, estão se reaproximando.
“Eu presenciei vários discursos de Armando, tive a oportunidade nessa campanha
de participar de muitas atividades da campanha majoritária e essa identidade
(de Dilma) sempre foi ressaltada por ele e por todos nós”, garantiu Teresa
Leitão, refutando os argumentos do correligionário.
Gilson Guimarães acredita que haverá
punição por parte do PT, mas avisa que não aceita perseguições individuais. “Eu
tenho trinta e pouco anos de PT, a base partidária me conhece. Se houver
qualquer processo, primeiro tem que ser um processo amplo, sem perseguir um ou
outro. Dos 13 prefeitos eleitos pelo PT na última eleição, só cinco apoiam a
candidatura de Armando e João Paulo”, disse o líder da PTLM também à emissora.
Fonte:
Folhape
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