quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Dirigente do PT repudia dissidência

A dissidência de 80 lideranças do PT, que integram a tendência PT de Lutas e Massas (PTLM), só será avaliada pela direção do partido depois das eleições, conforme disse a presidente estadual, deputada Teresa Leitão. Durante entrevista à Rádio Folha FM 96,7, ela demonstrou indignação com a atitude tomada pelo líder da ala partidária, Gilson Guimarães. No último domingo, ele anunciou que o grupo não apoia mais a coligação Pernambuco Vai Mais Longe, encabeçada por Armando Monteiro Neto (PTB) e João Paulo (PT). A decisão agora é seguir junto com a Frente Popular, pedindo votos para os candidatos Paulo Câmara (PSB) e Fernando Bezerra (PSB), que concorrem ao Governo e Senado, respectivamente.
Apesar da decisão tácita dos dissidentes, Teresa Leitão avisou que não perderá tempo para tratar de um episódio “pequeno no tamanho e na atitude”, que está distante do “momento de unidade” da coligação. “O momento agora é de focar naquilo que a gente pode conquistar nesta reta final de campanha, e que a militância que se comunicou conosco, avaliando esse episódio, está disposta a fazê-lo: se manter na rua, aprofundar o debate, ir para cima dos indecisos e conquistar uma vitória para Armando, João Paulo e Dilma aqui em Pernambuco”, contou a petista.
Teresa rechaçou as declarações de Gilson Guimarães, que justificou o rompimento, alegando que Armando e João Paulo passaram a maior parte da campanha sem pedir voto para Dilma Rousseff, e que só agora, com o crescimento da presidente nas pesquisas, estão se reaproximando. “Eu presenciei vários discursos de Armando, tive a oportunidade nessa campanha de participar de muitas atividades da campanha majoritária e essa identidade (de Dilma) sempre foi ressaltada por ele e por todos nós”, garantiu Teresa Leitão, refutando os argumentos do correligionário.
Gilson Guimarães acredita que haverá punição por parte do PT, mas avisa que não aceita perseguições individuais. “Eu tenho trinta e pouco anos de PT, a base partidária me conhece. Se houver qualquer processo, primeiro tem que ser um processo amplo, sem perseguir um ou outro. Dos 13 prefeitos eleitos pelo PT na última eleição, só cinco apoiam a candidatura de Armando e João Paulo”, disse o líder da PTLM também à emissora.

Fonte: Folhape

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