O representante da Organização das Nações
Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic, comentou
hoje (14) os recentes resultados do país no combate à fome e a sua saída pela
primeira vez do chamado "Mapa da Fome".
Presente no "Fórum Desafio 2050",
que abordou os desafios para acabar com a fome mundial no cenário de uma
população estimada de 12 bilhões de pessoas, Bojanic classificou os resultados
do Brasil nos recentes relatórios divulgados pela FAO como "exemplares".
Segundo o representante da FAO, os números
demonstraram que o país não possui mais "problemas endêmicos ou
estruturais". Atualmente, o Brasil possui 3,4 milhões de pessoas em
condição subalimentar, o que representa menos de 5% da população, embora seja
uma parcela ainda numericamente muito grande de pessoas sem acesso à segurança
alimentar.
"É um problema que precisa ser
atendido, mas levando em consideração outras políticas voltadas sobretudo a
grupos ainda vulneráveis", destacou Bojanic.
De acordo com Bojanic, "nenhum país no
mundo tem diminuído a fome tão rápido quanto o Brasil", principalmente por
conta das políticas sociais implementadas na última década, entre elas a
valorização do salário mínimo e da alimentação escolar.
"Os programas de alimentação escolar,
por exemplo, são fundamentais nesse processo. São mais de 43 milhões de
crianças que recebem alimentação todos os dias", lembrou Bojanic,
classificando a solução como uma "receita básica" de "combinação
entre incentivo à produção e políticas de proteção social".
De acordo com o representante da FAO no
Brasil, trata-se de um "grande esforço que também tem ligação com criar
uma demanda específica para produtores de agricultura familiar" gerando o
que chamou de "círculos virtuosos".
"Podemos fazer para o futuro o que o
Brasil fez nos últimos dez anos; e acreditamos que estamos em condições de
fazer isso", concluiu Bojanic.
Fonte: Rede
Brasil Atual
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