domingo, 12 de outubro de 2014

Presidente nacional do PSB apoia Dilma e diz que a sigla socialista traiu Eduardo Campos

Mensagem de Amaral publicada em seu site, 
contra Aécio, a favor de Dilma
O presidente do PSB, Roberto Amaral, contrariando a decisão do partido, após eleição interna, de apoiar Aécio Neves, decidiu anunciar apoio a Dilma Rousseff. Amaral divulgou uma carta em seu site na noite deste sábado, em que, em tom crítico e duro, acusa membros do partido de traição a Eduardo Campos, morto em agosto deste ano.
“Ao aliar-se à candidatura Aécio Neves, o PSB traiu a luta de Eduardo Campos, encampada após sua morte por Marina Silva, no sentido de enriquecer o debate programático pondo em xeque a nociva e artificial polarização entre PT e PSDB”, afirmou Amaral em nota.
O presidente do PSB nunca escondeu sua posição contrária a Aécio e o PSDB. Ex-ministro do governo Lula e aliado do PT até o lançamento da candidatura de Campos, Amaral votou contra a aliança com os tucanos. Mesmo sabendo da dificuldade em uma união de Marina Silva com Dilma, ele defendia a neutralidade do partido, liberando os membros para escolherem seu candidato no segundo turno.
Constrangimento
No entanto, na última quarta, o grupo de Beto Albuquerque venceu a disputa interna, e o partido anunciou o apoio formal a Aécio. Neste sábado, porém, Amaral decidiu anunciar que vai apoiar a reeleição de Dilma, revelando constrangimento pelo papel de líder do partido no momento do casamento com o tucano.
“Recebi com bons modos a visita do candidato escolhido pela nova maioria. Cumprido o papel a que as circunstâncias me constrangeram, sinto-me livre para lutar pelo Brasil com o qual os brasileiros sonhamos, convencido de que o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff é, neste momento, a única alternativa para a esquerda socialista e democrática”, declarou Amaral, que apareceu em fotos abraçando Aécio.
O ex-ministro não foi o único a se “rebelar”. Já na quarta-feira, logo após o anúncio da união com Aécio, a deputada federal Luiza Erundina já havia declarado ser contra a aliança, e criticou duramente a decisão, considerada incoerente.
Cargos
Amaral, que já no domingo, no programa “Canal Livre”, da Band, ironizava a derrota de Aécio em Minas Gerais (“É que em Minas ele é mais conhecido”), criticou a postura de membros do PSB, que já negociavam durante a semana cargos em um eventual governo tucano.
“Como honrar o legado do PSB optando pelo polo mais atrasado? Em momento crucial para o futuro do país, o debate interno do PSB restringiu-se à disputa rastaquera dos que buscam sinecuras e recompensas nos desvãos do Estado. Nas ante-salas de nossa sede em Brasília já se escolhem os ministros que o PSB ocuparia num eventual governo tucano”, declarou o dirigente, que pode perder o posto de presidente da sigla em pleito nesta segunda-feira.

Fonte: Band

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