O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto
(MTST) declarou hoje (13), em nota, a defesa do "voto crítico" na
presidenta e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), “contra um retrocesso
ainda maior”, representado, na visão do movimento, pelo candidato do PSDB,
Aécio Neves. Para os sem-teto, um governo tucano seria marcado por arrocho
salarial, ataques aos direitos dos trabalhadores e cortes de investimentos
sociais. “Aécio Neves é retrocesso”, define o texto.
Sem histórico de declarações de apoio a
candidatos majoritários, o MTST não se manifestou favorável a nenhuma
candidatura no primeiro turno. Agora, o movimento surpreende ao tornar pública
a defesa do voto na petista. “O projeto da direita avançou a passos largos nas
eleições parlamentares e no primeiro turno. Sua vitória (de Aécio)
representaria o avanço do conservadorismo e do setor mais antipopular e
ofensivo da elite”, diz um trecho do documento.
Nos últimos dias, representantes de setores
mais conservadores têm se aglutinado em torno de Aécio, como o pastor
evangélico Silas Malafaia, além de partidos que fizeram parte da coligação
entre PSB e Rede Sustentabilidade, embrião de partido da ex-senadora Marina
Silva. Na tarde de ontem (12), Marina – que ficou em terceiro lugar no primeiro
turno com 22% dos votos – também disse que apoiará e votará no tucano.
O MTST não pretende, no entanto, esquecer
os problemas dos 12 anos de gestão petista. E, quase como um recado sobre os
próximos passos de um futuro governo de Dilma, lista as reformas que não foram
feitas e que são almejadas pela população e por ativistas há muito tempo.
"Não houve reforma urbana e agrária, reforma tributária progressiva,
reforma do sistema financeiro, democratização das comunicações, nem medidas de
enfrentamento à estrutura conservadora do Estado brasileiro."
Fonte: Rede Brasil
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